terça-feira, 27 de novembro de 2012

Nós presbiterianos somos institucionalmente e teologicamente contra a maçonaria



A Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) tem uma posição definida quanto à questão maçônica. Listo, abaixo, extratos de algumas das resoluções do Supremo Concílio da IPB sobre a questão:
“CE-96-152 - Doc. CLII - ... 3.2) Recomendar través dos concílios da IPB que nenhum presbiteriano participe de qualquer seita ocultista incompatível com a Palavra de Deus”.
“SC-IPB-2002 - Doc. XCVIII – ... 5. Determinar que a partir de 2003 não sejam conduzidos ao oficialato membros da Igreja pertencentes à maçonaria”.
“SC-IPB-2006 - Doc. CIV – ... 1. Afirmar a incompatibilidade entre algumas doutrinas maçônicas, como as retromencionadas, com a fé cristã. 2. Determinar a não recepção de membros à comunhão da Igreja de pessoas oriundas da maçonaria, sem que antes elas renunciem à confraria. 3. Não eleger nem ordenar ao oficialato da Igreja aqueles que ainda estão integrados na maçonaria. 4. Orientar com mansidão e amor aos irmãos maçons a, por amor a Cristo e sua Igreja, deixarem a maçonaria. 5. Tratar com o máximo amor e respeito aqueles que ainda estão na maçonaria para que seu desligamento seja feito pelo esclarecimento do Espírito mais do que por coerção ou constrangimento”

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Imutabilidade de Deus; Razão para termos esperança


Malaquias.3 versículo. 6__Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.
Segundo John A. Kohler, III : A imutabilidade de Deus é Sua “constância” ou o fato dEle ser “sempre-o-mesmo”. Deus é absolutamente perfeito e não pode mudar para melhor, nem mudar para pior. Embora tudo mais esteja em estado de constante mudança, Deus permanece o mesmo para sempre e sempre.
Definição Filosófica de Platão:
Deus é o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Ele é a mente ou razão suprema; a causa eficiente de todas as coisas; eterno, imutável, onisciente, onipotente; tudo permeia e tudo controla; é justo, santo, sábio e bom; o absolutamente perfeito, o começo de toda a verdade, a fonte de toda a lei e justiça, a origem de toda a ordem e beleza e, especialmente, a causa de todo o bem.
Mas você pode se perguntar: em que a imutabilidade de Deus pode acrescentar em minha vida?; a resposta está no próprio texto em epígrafe.
1- Deus se identifica na primeira pessoa.  Isso na maior basicalidade pode significar que ele É em sí mesmo, auto existente, mas como poderíamos identifica-lo, bom na verdade de acordo com as escrituras, Deus é Espírito ( João.4.v.24), porém existe uma ótima definição teológica que gostaria de compartilhar: "
Ao longo da história, todas as culturas se fizeram esta pergunta; tanto é assim que os primeiros sinais de civilização se encontram geralmente no âmbito religioso e cultural. Crer em Deus está em primeiro lugar para o homem de qualquer época . A diferença essencial está em qual Deus se crê? De fato, em algumas religiões pagãs o homem adorava as forças da natureza, enquanto manifestações concretas do sagrado, e contavam com uma pluralidade de deuses, ordenada hierarquicamente. Na Grécia antiga, por exemplo, também a divindade suprema, em um panteão de deuses, era regida, por sua vez, por uma necessidade absoluta, que abarcava o mundo e os próprios deuses [2]. Para muitos estudiosos da história das religiões, em muitos povos ocorreu uma progressiva perda, a partir de uma “revelação originária”, do único Deus; mas, em todo caso, inclusive nos cultos mais degradados, podem ser encontradas chispas ou indícios em seus costumes da verdadeira religiosidade: a adoração, o sacrifício, o sacerdócio, o oferecimento, a oração, a ação de graças, etc.
A razão, tanto na Grécia como em outros lugares, tratou de purificar a religião, mostrando que a divindade suprema devia identificar-se com o Bem, a Beleza e o próprio Ser, enquanto fonte de todo bem, de todo o belo e de tudo o que existe. Mas isto sugere outros problemas, concretamente o afastamento de Deus por parte do fiel, pois desse modo a divindade suprema ficava isolada em uma perfeita autarquia, já que a mesma possibilidade de estabelecer relações com a divindade era vista como um sinal de fraqueza. Além disso, tampouco fica solucionada a presença do mal, que aparece de algum modo como necessária, pois o princípio supremo está unido por uma cadeia de seres intermediários, sem solução de continuidade, ao mundo.
A revelação judaico-cristã mudou radicalmente este quadro: Deus é representado na Escritura como criador de tudo o que existe e origem de toda força natural. A existência divina precede absolutamente a existência do mundo, que é radicalmente dependente de Deus. Aqui está contida a idéia de transcendência: entre Deus e o mundo a distância é infinita e não existe uma conexão necessária entre eles. O homem e todo o criado poderiam não ser, e naquilo que são dependem sempre de outro; ao passo que Deus é, e é por si mesmo. Esta distância infinita, esta absoluta pequenez do homem diante de Deus, mostra que tudo o que existe é querido por Deus com toda sua vontade e sua liberdade: tudo o que existe é bom e fruto do amor (cfr. Gn 1). O poder de Deus não é limitado nem no espaço nem no tempo, e por isso sua ação criadora é dom absoluto: é amor. Seu poder é tão grande que quer manter sua relação com as criaturas; e inclusive salvá-las se, por causa de sua liberdade, se afastarem do Criador. Portanto, a origem do mal deve ser situada em relação com o eventual uso equivocado da liberdade por parte do homem – coisa que de fato ocorreu, como narra o Gênesis: vid. Gn 3 -, e não com algo intrínseco à matéria.
Ao mesmo tempo, é preciso reconhecer que, em razão do que se acaba de mencionar, Deus é pessoa que atua com liberdade e amor. As religiões e a filosofia se perguntavam o quê é Deus; ao invés, pela revelação, o homem é levado a se perguntar quem é Deus (cfr. Compêndio, 37); um Deus que sai ao seu encontro e busca o homem para falar-lhe como a um amigo (cfr. Ex 33, 11). Tanto é assim que Deus revela a Moisés o seu nome, “Eu sou aquele que sou” (Ex 3, 14), como prova de sua fidelidade à aliança e de que o acompanhará no deserto, símbolo das tentações da vida. É um nome misterioso[3] que, em todo caso, nos dá a conhecer as riquezas contidas em seu mistério inefável: somente Ele é, desde sempre e para sempre, aquele que transcende o mundo e a história, mas que também se preocupa com o mundo e conduz a história. Ele foi quem fez o céu e a terra, e os conserva. Ele é o Deus fiel e providente, sempre junto a seu povo para salvá-lo. Ele é o Santo por excelência, “rico em misericórdia” (Ef 2, 4), sempre disposto ao perdão. Deus é o ser espiritual, transcendente, onipotente, eterno, pessoal e perfeito. Ele é a verdade e o amor” .
Assim, pois, a revelação se apresenta como uma novidade absoluta, um dom que o homem recebe do alto e que deve aceitar com reconhecimento de ação de graças e um obsequio religioso. Portanto a revelação não pode ser reduzida a meras expectativas humanas, vai muito mais além: ante a Palavra de Deus que se revela só cabe a adoração e o agradecimento, o homem cai de joelhos ante o assombro de um Deus, que, sendo transcendente, se faz interior intimo meu , mais próximo de mim que eu mesmo e que busca o homem em todas as situações de sua existência: “O criador do céu e da terra, o único Deus que é fonte de todo ser, este único Logos criador, esta Razão criadora, ama pessoalmente ao homem, mais ainda, ama-o apaixonadamente e quer, por sua vez, ser amado. Por isso, esta Razão criadora, que ao mesmo tempo ama, dá vida a uma história de amor (…), amor [que] se manifesta cheio de inesgotável fidelidade e misericórdia; é um amor que perdoa além de todo e qualquer limite”.
2- Deus é Senhor, isto nos traz uma ideia de governo, Deus governa o mundo e tudo o que nela ha  ( Salmo.24.v.1)
O Reino de Deus (Em grego: βασιλεία τοῦ θεοῦ basileia tou theou) designa um governo ou domínio em que tem Deus por soberano ou governante. Segundo o Gênesis, os primeiros humanos rebelaram-se deliberadamente contra a soberania de Deus, por isso, eles foram expulsos do Jardim do Éden.
O Reino de Deus é um conceito fundamental nas duas principais religiões abraâmicas existentes: o Judaísmo e mais notavelmente, o Cristianismo. Nesta última religião monoteísta, o Reino de Deus constitui o tema principal pregado por Jesus, através de parábolas.
O Reino de Deus, que foi inaugurado na terra por Cristo, está destinado a acolher todos os homens, mas foi primeiramente anunciado aos filhos de Israel. Este Reino foi já anunciado por João Baptista, que exortou as pessoas a arrependerem, porque está próximo o Reino dos Céus (Mt 3,2). Mais tarde, Jesus de Nazaré, o prometido Messias e Salvador da humanidade, foi baptizado e Ungido (Lc 3,30-31), começando assim o seu ministério, que centrou-se necessariamente em torno do Reino de Deus. Ele instruíu os seus apóstolos a pregar que está próximo o Reino dos Céus. Essas instruções seriam repetidas a todos os seus discípulos, a todos os cristãos (Mt 10,7; 24,14; 28,19-20; Act 1,8). A Bíblia inteira gira em torno da vinda do Messias e do Reino do Deus. Por conseguinte, o Reino de Deus, que é uma grande realidade misteriosa, tem um grande sentido profético e missionário na vida da Igreja Cristã.
Jesus, através de parábolas, convida todas as pessoas a entrar no Reino de Deus, ou seja, tornar-se discípulos d'Ele, para conhecer os mistérios do Reino dos Céus (Mt 13,11). Segundo o Catecismo da Igreja Católica, Jesus e a presença do Reino neste mundo estão secretamente no coração das parábolas. Para os que ficam "de fora" (Mc 4,11), tudo permanece enigmático. Jesus exorta os seus discípulos a buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça (Mt 6,33).
O Reino de Deus, que não terá fim e que já está no meio de nós (Lc 17, 21), é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14,17); é o fim último ao qual Deus nos chama; é obra do Espírito Santo; e é também um império eterno que jamais passará e…jamais será destruído (Dn 7,14).
Todas as pessoas que querem pertencer ao Reino de Deus precisam de converter-se, de realizar a vontade divina, de ter fé em Jesus e de acolher a sua palavra.[8] De facto, Jesus convida todas pessoas à conversão (um pré-requisito para o acesso ao Reino), a renunciar o mal e o pecado (um grande obstáculo para o acesso ao Reino) e a arrependerem os seus pecados e experimentarem o ilimitado perdão e misericórdia de Deus. Este apelo constitui a parte fundamental do anúncio do Reino de Deus: "Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1,15). Este apelo à conversão é especialmente para os não-cristãos e os pecadores, pois Jesus afirma que não vim chamar justos, mas pecadores (Mc 2,17) e que Deus Pai sentirá imensa alegria no céu por um único pecador que se arrepende (Lc 15,7). Esta conversão e remissão dos pecados (Mt 26,28) só foi possível pelo sacrífico de Jesus, Filho de Deus Pai, na cruz, constituindo a suprema prova do amor que Deus tem pelos homens.
Jesus afirmou que não entrará no Reino todo o que não o receber com a mentalidade de uma criança (Mc 10,15),[13] quem não nascer de novo[14] (Jo 3,3), aquele que não faz a vontade de meu Pai que está nos céus (Mt 7,21) e os injustos (1Cor 6,9).
Para ter acesso ao Reino de Deus, é preciso passarmos por muitas tribulações (Act 14,22) e também cumprir a Lei de Deus, porque aquele, portanto, que violar um só destes menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo [vai] ser chamado o menor no Reino dos Céus; aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus (Mt 5,17-19).
As Bem-aventuranças, pregadas por Jesus no famoso Sermão da Montanha e que anunciam e revelam aos homens a verdadeira felicidade, são por isso também um grande anúncio da vinda do Reino de Deus através da palavra e acção de Jesus e também do carácter das pessoas que pertencem ao Reino. Jesus exorta as pessoas a seguir este carácter exemplar, para poderem depois entrarem no Reino de Deus, ou seja, para obterem a salvação e a vida eterna.
Uma vez inaugurada na Terra por Jesus, ninguém, nem mesmo Satanás, consegue travar e impedir a edificação e a realização final e perfeita do Reino de Deus. Mas, este Reino, enquanto não atingir a sua perfeição, é ainda atacado pelos poderes maus, embora estes já tenham sido vencidos em suas bases pela Morte na cruz e Ressurreição de Jesus. Satanás, um ser muito poderoso e maligno, só consegue atrasar a realização final do Reino na Terra, através do cultivo do ódio no mundo contra Deus.
Este Reino, para grande desapontamento de muitos judeus da altura, não vinha restabelecer o reinado temporal de Israel e não é um reino deste mundo, ou seja, não é um reino com características políticas, mas sim com características predominantemente espirituais. Resumindo, o Reino de Deus, que cresce como uma semente que Deus coloca no coração de cada homem (dimensão pessoal), é a plena instauração da lei do amor a Deus e ao próximo e terá a sua realização final e perfeita na vida do mundo que há-de vir, na nova Terra e no novo Céu implantados por Deus no fim dos tempos (dimensão universal).
3- Deus não muda:  Segundo Louis BERKHOF  " Em teologia, imutabilidade é o atributo divino segundo o qual Deus não pode mudar. Há muitas variantes de interpretação a respeito do alcance desta imutabilidade. Para a maior parte dos autores, é a natureza de Deus que não pode ser alterada por causa alguma."
este fato nos assegura a fidelidade de suas promessas, sua palavra, etc. Ainda que em alguma citações bíblicas nos encontramos afirmações de que Deus tenha se arrependido isso não passa de figura de linguagem ( Antropomorfismo ), Deus como ser infinito, é perfeito, e tudo pode e nenhum de seus planos pode ser frustrado ( Jó.42.v.2 )
segundo Arthur W. Pink imutabilidade pode ser comentada como: Esta é uma das perfeições divinas não suficientemente examinadas  É uma das excelências do Criador que O distinguem de todas as Suas criaturas. Deus é perpetuamente o mesmo: não sujeito a mudança nenhuma em Seu ser, em Seus atributos e em Suas determinações. Daí, Deus é comparado a uma rocha (Deuteronômio 32:4, etc.) que permanece inamovível quando todo o oceano circundante está numa condição de contínua oscilação, exatamente assim, conquanto sendo sujeitas a mudança todas as criaturas, Deus é imutável. Visto que Deus não tem princípio nem fim, não pode experimentar mudança. Ele é eternamente o "... Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação" (Tiago 1:17).
Primeiro, Deus é imutável em Sua essência. Sua natureza e Seu ser são infinitos e, assim, são sujeitos a mutação alguma, jamais houve tempo quando Ele não era; jamais virá tempo quando Ele deixará de ser. Deus não evoluiu, nem cresceu, nem melhorou. Tudo que Ele é hoje, sempre foi e sempre será. “...eu, o Senhor, não mudo...” (Malaquias 3:6) é a Sua afirmação categórica. Ele não pode mudar para melhor, pois já é perfeito; e, sendo perfeito, não pode mudar para pior. Completamente imune de tudo quanto Lhe é alheio, é impossível melhoramento ou deterioração. Ele é perpetuamente o mesmo. Somente Ele pode dizei “... EU SOU O QUE SOU..." (Êxodo 3:14). Ele é absolutamente livre da influência do curso do tempo. Não há um vinco sequer nos sobrolhos da eternidade. Portanto, o Seu poder jamais pode diminuir, nem Sua glória desvanecer-se.
Segundo, Deus é imutável em Seus atributos. Tudo que atributos de Deus eram antes do universo ser chamado à existência, são precisamente o mesmo agora, e permanecerão assim para sempre. E isto necessariamente, pois eles são as próprias perfeições, as qualidades essenciais do Seu ser, Semper idem (sempre o mesmo) está escrito em cada um deles. Seu poder é imbatível, Sua sabedoria não sofre diminuição. Sua santidade é imaculada. Os atributos de Deus não podem sofrer mudança mais do que a Deidade pode deixar de existir. Sua veracidade é imutável, pois a Sua Palavra “...permanece no céu” (Salmo 119:89). Seu amor é eterno: "...com amor eterno te amei...” (Jeremias 31:3) e "...como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim" (João 13:1). Sua misericórdia não cessa, pois, é "eterna" (Salmo 100:5).
Terceiro, Deus é imutável em Seu conselho. Sua vontade nunca muda. Talvez alguns estejam prestes a objetar que lemos, "Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem... " (Gê­nesis 6;6). Nossa primeira resposta é: então as Escrituras se contradizem? Não, isso não pode ser. Números 23:19. É suficientemente claro; "Deus não é homem, para que minta: nem filho do homem, para que se arrependa..." (Números 23:19). Assim também em 1 Samuel 15:29: "... a Força de Israel não mente nem se arrepende: porquanto não é um homem para que se arrependa . A explicação é deveras simples. Quando fala de si mesmo, Deus freqüentemente acomoda a Sua linguagem às nossas capacidades limitadas. Ele Se descreve a Si mesmo como revestido de membros corporais como olhos, ouvidos, mãos, etc. Fala de Si como tendo despertado (Salmo 78:65) e como "madrugando" (Jeremias 7:13), apesar de que Ele não cochila nem dorme. Quando Ele estabelece uma mudança em Seu procedimento para com os homens, descreve a Sua linha de conduta em termos de arrepender-se.
Sim, Deus é imutável em Seu conselho. "Os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" (Romanos 11:29). Só pode ser assim, pois, "... se ele está contra alguém, quem então o desviará? Que a sua alma quiser isso fará" (To 23:13). "Mudança e declínio vemos em tudo ao redor; Aquele que não muda, permaneça contigo onde quer que for". O propósito de Deus nunca se altera. Uma destas duas coisas faz com que um homem mude de opinião e inverta os seus planos: falta de previsão para antecipar tudo, ou ausência de poder para executar o que planeja. Mas visto que Deus é onisciente assim como é onipotente, nunca Lhe é necessário rever Seus decretos. Não, "O conselho do Senhor permanece para sempre: os intentos do seu coração de geração em geração" (Salmo 33:11). Portanto, podemos ler sobre "... a imutabilidade do seu conselho..." (Hebreus 6:17).
Aqui podemos perceber a distância infinita que separa do Criador a criatura mais elevada. Mutabilidade e criatura são termos correlatos, Se a criatura não fosse mutável por natureza, não seria criatura; seria Deus. Por natureza tendemos para o nada, como do nada viemos. Nada detém a nossa aniquilação, exceto a vontade e o poder sustentador de Deus. Ninguém pode manter-se nem por um momento. Dependemos do Criador para cada sorvo de ar que aspiramos. Alegremente concordamos com o salmista em que o Senhor sustenta "...com vida a nossa alma..." (Salmo 66:9). A compreensão disto deveria fazer com que nos prostrássemos sob o senso da nossa nulidade na presença daquele em quem “...vivemos, e nos movemos, e existimos...'' (Atos 17:28).
Como criaturas decaídas, não somente somos mutáveis, mas tudo em nós é oposto a Deus. Como tais, somos “...estrelas errantes... " (Judas 15), fora da nossa órbita. "...os ímpios são como o mar agitado que não se pode aquietar" (Isaías 57:20). O homem decaído é inconstante. As palavras de Jacó referentes a Rubem aplicam-se com força total a todos os descendentes de Adão; "Inconstante como a água..." (Gênesis 49:4), Desta maneira  não é apenas sinal de vida piedosa, mas também elemento de sabedoria, dar ouvido à injunção: "Deixai-vos pois do homem .."' (Isaías 2:22), Não se deve ficar na dependência de nenhum ser humano. "Não confieis em príncipes nem em filhos de homens, em quem não há salvação" (Salmo 146:5). Se desobedeço a Deus, mereço ser enganado por meus companheiros de i existência e decepcionar-me com eles. Pessoas que gostam de você hoje, poderão odiá-lo amanhã. A multidão que clamou "Hosana: bendito o rei de Israel que vem em nome do Senhor", depressa passou a bradar: "...tira, tira, crucifica-o (João 12:13; 19:15).
Aqui há firme consolação. Não se pode confiar na natureza humana, mas em Deus sim! Por mais inconstante que eu seja por mais volúveis que os meus amigos se mostrem, Deus não muda. Se Ele mudasse como nós, se quisesse uma coisa hoje e outra amanhã, e se fosse controlado por capricho, quem poderia confiar nEle? Mas, todo o louvor ao Seu glorioso nome, Ele é sempre o mesmo. Seu propósito é firme, Sua vontade estável, Sua palavra segura. Aqui, pois, está uma Rocha em que podemos firmar os nossos pés, enquanto a poderosa torrente leva tudo de arrasto ao nosso redor. A permanência do caráter de Deus garante o cumprimento de Suas promessas; "Porque as montanhas se desviarão e os outeiros tremerão; mas a minha benignidade não se desviará de ti, e o concerto da minha paz não mudará, diz o Senhor, que se compadece de ti" (Isaías 54:10).
Aqui há incentivo para a oração, "Que consolo haveria em orar a um deus que, como o camaleão, mudasse de cor a cada momento? Quem elevaria uma petição a um príncipe terreno que fosse tão mutável que atenderia a um pedido um dia e o negaria no dia seguinte?" (S. Charnock, 1670), Se alguém perguntar: "Mas que utilidade há em orar a um Ser. cuja vontade já foi fixada  Respondemos: Porque Ele o exige. Que bênçãos Deus prometeu sem que nós as busquemos? ".., se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve" (1 João 5:14), e Ele sempre quis tudo que é para o bem dos Seus filhos.
Aqui há terror para os ímpios. Os que O desafiam, transgridem Suas leis, não têm interesse em Sua glória, mas vivem como se Ele não existisse, não devem imaginar que, quando no dia final clamarem a Ele por misericórdia, Ele mudará a Sua von­tade, revogará a Sua Palavra e rescindirá as suas ameaças terríveis  Não. Ele declarou: "Pelo que também eu procederei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade: ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, eu não os ouvirei" (Ezequiel 8:18). Deus não Se negará a Si próprio para gratificar a luxúria deles. Deus é santo, imutavelmente santo. Portanto, Deus odeia o pecado; eternamente odeia o pecado. Daí a eternidade do castigo de todos quantos morrem em seus pecados.
"A imutabilidade divina, como a nuvem que se interpunha entre os israelitas e o exército egípcio, tem um lado escuro, bem como um lado claro. Ela assegura a execução das Suas ameaças, como também a concretização das Suas promessas; e destrói a esperança, carinhosamente acalentada pelos culpados, de que Deus será toda brandura para as Suas frágeis e errantes criaturas, e de que serão tratados de modo muito mais leve do que as declarações da Sua Palavra nos levam a esperar. Contrapomos a estas especulações enganosas e presunçosas a solene verdade de que Deus é imutável em Sua veracidade e propósito, em Sua fidelidade e justiça"

Conclusão: Se acreditarmos no Deus que é em si mesmo todo poderoso, Senhor do Céu e da terra, imutável em sua existência, podemos ter esperança.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A justificação pela fé


 Romanos. cap. 1.v.17 __"  visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé."
Introdução: A Justificação é um conceito teológico presente no cristianismo que trata da condição do ser humano em relação à justiça de Deus.
A "Justificação pela fé", também conhecida como sola fide, é um dos conceitos basilares do luteranismo e de todas as denominações cristãs que advém da Reforma Protestante. Pode-se dizer que esse conceito religioso foi um dos catalisadores da Reforma. Lutero inspirou-se na afirmação do apóstolo São Paulo de que "o justo viverá pela fé" (Romanos 1:17), contrariando assim a afirmação da Igreja Católica, que defendia que à fé se deviam acrescentar as boas obras a fim de se poder alcançar a salvação.
*Concílio de Trento: O Concílio de Trento, que foi a grande expressão da Contra-Reforma, ensinava que a justiça merecida por Cristo deveria ser apoiada pela justiça do próprio pecador que cooperava com a graça através das boas obras.
*Teologia Luterana
A doutrina da justificação é de tal importância para a teologia luterana que ela é chamada articulus stantis et cadentis ecclesiae (o artigo sobre o qual a Igreja permanece ou cai), sendo o artigo principal das confissões luteranas, a espinha dorsal da teologia na qual todas as outras doutrinas estão apensas e da qual todas dependem. Fé e obras são termos excludentes entre si. Nada poderia ser acrescentado à justiça de Cristo. Nenhuma adição humana seria tolerada. No pensamento luterano, nunca as duas coisas, fé e obras, andaram juntas soteriologicamente.
Em seu comentário sobre a Carta de São Paulo aos Gálatas, Lutero diz que somos "justificados não pela fé proporcionada pelo amor, mas pela fé unicamente e somente". Segundo ele, a fé não justifica porque produz o fruto do amor a Cristo (boas obras), mas porque ela recebe o fruto do amor de Cristo. Na teologia luterana, "a justificação é um termo jurídico e significa pronunciar e tratar como justo, justificar". Analisando o texto de Romanos 2.13, a Apologia da Confissão de Augsburgo diz: "Ser justificado aqui não significa que o ímpio é tornando justo, mas que ele é pronunciado justo num sentido forense." Lutero usou a famosa frase simul justus et peccator (ao mesmo tempo justo e pecador), referindo-se à condição simultânea do pecador, onde ele é contado, ao mesmo tempo, como justo judicialmente, em virtude da imputação da justiça de Cristo e, todavia, permanecendo pecador em si e de si mesmo. Por causa do aspecto forense da doutrina, todo pecador é visto como justificado.
A teologia luterana diz ainda que a "justiça concedida ao pecador não é sua própria, produzida por ele mesmo, mas uma justiça que vem de fora pertencente a Jesus Cristo. A justiça não é uma qualidade do homem. Ela consiste antes em ser justo somente através da imputação graciosa da justiça de Cristo, isto é, uma justiça ‘fora’ do homem. Para o luteranismo, a fé tem um papel muito diferente, sendo ela preponderante na justificação. "A fé que justifica, contudo, não é um mero conhecimento histórico, mas uma aceitação firme da oferta de Deus de prometer o perdão dos pecados e a justificação. …Fé é aquela adoração que recebe as bênçãos que são oferecidas por Deus."
Dentro da tradição luterana, a fé vem em oposição aos que confiavam na guarda da Lei como base para a justificação. A Apologia da Confissão de Augsburgo diz que:
"a obediência da lei justifica pela justiça da lei. Mas Deus aceita esta justiça imperfeita da lei somente por causa da fé… Disto fica evidente que somos justificados diante de Deus pela fé somente, visto que pela fé somente recebemos o perdão dos pecados e a reconciliação em nome de Cristo… Portanto, ela (justificação) é recebida pela fé somente, embora a guarda da lei siga com o dom do Espírito Santo".
*Teologia Calvinista
Para a fé calvinista (ou reformada), a doutrina da justificação é também muito significativa. Durante o tempo da Reforma, Calvino tratou deste assunto em suas Institutas da Religião Cristã, escrevendo sobre ela centenas de páginas. Ele insiste em que a doutrina da justificação é "a principal dobradiça sobre a qual a religião se dependura, de modo que devotemos uma maior atenção e preocupação para com ela".
Calvino seguiu os passos dos reformadores de primeira geração, como Lutero, Melanchton, Oecolampadius, Zwinglio, no aspecto forense da justificação. Reid disse que "semelhantemente aos outros reformadores, Calvino foi um advogado que pensava muito em termos forenses." Calvino diz que "justificado pela fé é aquele que, excluído da justiça das obras, agarra-se à justiça de Cristo através da fé, e vestido com ela, aparece na vista de Deus não como um pecador, mas como um homem justo." A justificação, portanto, segundo Calvino, "acontece quando Deus declara o pecador justo; ele é aceito e perdoado por causa de Cristo somente." Este é o seu conceito forense de justificação.
Calvino enfatizou ainda a iustitia aliena, isto é, a justiça que vem de outro, que vem de fora. Embora Calvino use a frase "pela fé somente", ele é cuidadoso em dizer também que a fé não efetua de si mesma a justificação, mas entende que a fé é o meio pelo qual nos apropriamos da justiça de outro, que é transferida a nós. Ele diz: "Não há nenhuma dúvida de que aquele que é ensinado procurar justiça fora de si próprio é destituído de justiça em si mesmo." Mais adiante, Calvino diz: "Você pode ver que nossa justiça não está em nós, mas em Cristo, e que a possuimos somente sendo participantes em Cristo; de fato, com ele possuimos todas essas riquezas." Para o Calvinismo é pela fé somente que o homem é justificado, mas a fé em si mesma não justifica. Através dela o homem abraça a Cristo por cuja graça somos justificados. "É dito da fé que ela justifica porque ela recebe e abraça a justiça oferecida no Evangelho."
Osiander, contra quem Calvino se insurgiu, havia dito que a "fé é Cristo". Em resposta a ele, Calvino disse que "a fé, que é o único instrumento para receber a justiça, é ignorantemente confundida com Cristo, tornando-o a causa material e ao mesmo tempo o Autor e Ministro deste grande benefício." A fé para Calvino era apenas a causa instrumental da justificação.
Somente Deus justifica. Então, segundo os calvinistas, nós transferimos esta mesma função a Cristo porque a ele foi dado ser nossa justiça. Comparamos a fé a uma espécie de vaso. A menos que venhamos esvaziados e com a boca de nossa alma aberta para procurar a graça de Cristo, não seremos capazes de receber Cristo.
As divergências teológicas entre as principais ramificações do cristianismo.

*Católico Romano___Processo___Sinergismo___pode perder por via do pecado mortal_Parte do mesmo processo.
*Luterano__Processo__Monergismo divino__Pode perder por via da perda de fé__Separado dele e anterior à santificação.
*Metodista__Evento__ Sinergismo__Pode perder__Dependente da santificação contínua.
*Ortodoxo__Processo__Sinergismo__Pode perder por via do pecado mortal__Parte do mesmo processo de theosis.
*Calvinista__Evento__Monergismo divino__Não pode perder_Ambos são um resultado da união com Cristo
1- O que é injusto?
Romanos.1.v.=.18   A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;
1.29   cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores,
2.8   mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.
3.5   Mas, se a nossa injustiça traz a lume a justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto por aplicar a sua ira? (Falo como homem.)
2-O Que é justo?
Romanos.3.5   Mas, se a nossa injustiça traz a lume a justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto por aplicar a sua ira? (Falo como homem.)
3.21   Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;
3.22   justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção,
3.25   a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;
3.26   tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. ( A vida de Jesus, vida sem pecado )
3- Como me tornar justo?
Romanos.4.3   Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.
4.5   Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça.
4.6   E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras:
4.9   Vem, pois, esta bem-aventurança exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre os incircuncisos? Visto que dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça.
4.11   E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a ser o pai de todos os que crêem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça,
4.13   Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou a sua descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da fé.
4.22   Pelo que isso lhe foi também imputado para justiça.
4- Quem são os injustos?
Romanos.5.17   Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.
5.18   Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.
5.21   a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.
5- Qual deve ser a nossa relação com a justiça divina?
Romanos.6.13   nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.
6.16   Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?
6.18   e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.
6.19   Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.
6.20   Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça.
*Conclusão: Obras da lei podem justificar uma pessoa somente se ela guardar perfeitamente toda a lei (veja Tiago 2:10). Cristo morreu porque todos são pecadores —tanto judeus como gentios. Todos têm desobedecido a lei de Deus (2:17; veja Romanos 3:23). Aquele que foi justificado pela fé em Cristo tem morrido para a lei, “a fim de viver para Deus” (2:19). Morrer relativamente à lei não quer dizer viver sem lei (veja 1 Coríntios 9:19-21). Antes, quer dizer fazer as obras de Deus (Efésios 2:10) como pessoa justificada, não como pessoa que procura se justificar pelas suas próprias obras. Viver pela fé exige uma vida de sacrifícios diários, para que possamos nos entregar àquele que nos justificou (2:19-20; veja Romanos 12:1-2).

                                                                                                 Diego de Araujo Viana

sábado, 23 de junho de 2012

Um marco que não pode ser removido

hoje eu estava assistindo tv quando comecei a ouvir um televangelista famoso por suas polêmicas afirmações , e não é o Silas Malafaia, trata-se do "Apóstolo" e Doutor Miguel Ângelo, quase sempre em minha opinião diz muitas coisas boas, mas como nada pode ser "perfeito" e como é comum entre os  homens que se acham descobridores da pólvora do evangelho, sempre estão se comportando como se fossem ministros " superpoderosos, quando não é os adeptos da universal dizendo que Deus enriquece a todos que participam da "fugueira santa" o Valdemiro com as afirmações de que NAQUELE ministério Deus de fato cura como somente a dois mil anos atrás fazendo menção aos milagres da época de Jesus e os apóstolos, sempre é a minha igreja minhas idéias e principalmente a depreciação das demais igrejas cristãs , e só estou comentando sobre isto em meu blog por achar que esta fanfarrice deve ser refutados por cristãos autênticos de igrejas cristãs sérias. Bem como cristão reformado e presbiteriano, não posso deixar de lado minha fé na supremacia das escrituras ( Sola scriptura ) e como o que ouvi hoje  em especial uma aberração teológica dos lábios do Senhor Miguel Ângelo não posso deixar de refutar pois bem vamos ao assunto.
Esse pseudo Apóstolo afirmou categoricamente que o batismo em águas é um simbolo da velha aliança  e que todas as igrejas que utilizam uma cruz como símbolo está sobre maldição pois as escrituras dizem " maldito o que for pendurado no madeiro". bem como diziam Jek estripador vamos por partes, primeiro as escrituras não nos ensinam que o batismo é um rito da antiga aliança bem nós e observamos que no novo testamento sempre encontramos as verdades fundamentais de nossa fé uma delas é que preordenou o batismo como simbolo de nosso novo nascimento assim como a eucaristia ( ceia do Senhor ) como memorial que nos faz lembrar de sua morte e ressurreição. vamos primeiro definir o que é batismo: segundo o dicionário de Almeida é : cerimonia em que se usa água e por meio da qual uma pessoa se torna membro de uma igreja cristã. o Batismo é um sinal visível de nosso arrependimento e regeneração ( Atos.2.v.38 ) e união com cristo ( Gal.3.v.26-27 ), tanto em sua morte e sua ressurreição. Não quero me deter muito no sentido etimológico do termo grego  O termo é a transliteração de grego "βαπτισμω" (baptismō) para o latim (baptismus), conforme se vê na vulgata em Colossenses 2:12. Este substantivo também se apresenta como "βαπτισμα" (baptisma) e "βαπτισμός" (baptismós), sendo derivado do verbo "βαπτίζω" (baptizō), o qual pode ser traduzido por "batizar", "imergir", "banhar", "lavar", "derramar", "cobrir" ou "tingir", conforme utilizado no Novo testamento e na septuaginta.
Contudo entretanto esta figura que quase sempre diz coisas muito boas afirmou categoricamente que o "batismo no Espírito santo" anula a necessidade do batismo em águas, e pior acusa as igrejas sérias e históricas que praticam o batismo como ordenança sacramental ordenada por Jesus ( Mateus.28.v. 19) ensinada pelos apóstolos ( Atos.2.v. 38 ) e que o Apóstolo Pedro fez clara distinção entre ambos em  Atos.10.v. 47 : " Porventura, pode alguém recusar a água, para que não sejam batizados estes que assim como nós, receberam o Espírito Santo? e no verso 48 ele ordenou que fossem BATIZADOS em nome de Jesus ora este batismo trata-se aqui do sinal visível pois a ordem de Pedro foi para os seus companheiros de ministério, pois o batismo com Espírito Santo é uma obra soberana  de Deus no homem. então podemos concluir que o Batismo é uma ordenança de Jesus , dos Apóstolos, e de todas as igrejas Cristãs saudáveis até por que Jesus disse : " Quem crer e for batizado, será salvo" ( Marcos.16.v.16 ).


                                                                                                                        "orare et labutare"  

terça-feira, 19 de junho de 2012

Reformados e inconformados

" lembra-te pois de onde caíste, arrepende-te e volta as primeiras obras" ( Apocalipse. 2. vers.5 P.a )

esta semana fui confrontado por minha consciência sobre meu posicionamento como servo de Deus, ministro do evangelho, isso se deu após minha devocional matutina quando meditava na carta apocalíptica a igreja de Éfeso, nesta carta pude diagnosticar como tema central, a " frieza espiritual de cristãos maduros"
e aí comecei a fazer um auto-exame  na tentativa de ver se de fato eu ainda estava vivenciando esta experiência que no texto bíblico em epígrafe é chamada de " primeiro amor" e lendo alguns comentários bíblicos percebi que a maioria dos especialistas exegetas em Novo Testamento afirmam categoricamente que isso se refere a perda da alegria da salvação e consequentemente o fervor espiritual, sabemos que todos os homens e mulheres de Deus que foram instrumento de benção na história da igreja através   dos séculos foram pessoas fervorosas e piedosas, e cheguei então a seguinte conclusão, que talvez muitos outros cristãos     como eu, que embora possuam um  ministério, formação teológica acadêmica, e até mesmo certo nível de piedade não vivem em profunda "experiência espiritual" aquele ardor por oração e leitura da bíblia que possuíamos quando estávamos recém convertidos, agora só nos resta ter como parâmetro de vida esta recomendação do próprio Senhor Jesus : "volta a prática das primeiras obras" por que razão nós que já possuímos certo nível de conhecimento em certas ocasiões perdemos completamente o fervor, será que é segurança em nós mesmos, observe que a igreja de Éfeso era uma igreja de tremenda solidez doutrinária pois de fato receberam uma especial atenção no que se refere a teologia apostólica ( Atos.20 ) Paulo chamado por alguns de o maior teólogo do cristianismo esteve presente fervorosamente ativo no ensino e instrução desta igreja, até porque como seu fundador a ele caberia tal serviço honroso ( Atos. 18; 19; 20 )
Então o que podemos dizer sobre a estada de Paulo como pastor desta igreja e do desempenho deste durante seu serviço nesta paróquia? bem em Atos 20.verso 27 ele afirma te-los anunciado todo o conselho de Deus.e ainda não podemos  esquecer de outros  excelentes ministros que ali estavam  ombro a ombro no serviço de Deus, tais como Timóteo e Tíquico.
Pois bem na verdade esta igreja como as demais estava passando por sérios problemas, pois embora estivesse muito bem instruída, ela havia perdido sua paixão pelo reino, embora conhecesse de forma muito bem exegética os textos sagrados eles estavam desprovidos do poder espiritual que emana das sagradas escrituras, e consequentemente o que havia nesta igreja era pura e simplesmente ativismo religioso, até porque esta igreja praticava boas obras (Apocalipse.2.vers.2 ). Ainda assim esta igreja e reprovada por Jesus, não podemos estar conformados com nossas práticas religiosas, infelizmente o cristianismo puro e simples tem se perdido com o passar dos anos, e nesta era comumente chamada de era "pós-Cristã" as igrejas são empresas o púlpito é um balcão e os cristãos são consumidores de " bençãos"
E assim os cristãos chamados reformados históricos assim como eu sou, mergulham cada vez mais na frieza espiritual, se por um lado os pentecostais mergulham no misticismo muitos cristãos históricos tradicionais vivem uma vida cristã sem poder espiritual, os cultos semanais são vazios, assim como a vida de muitas pessoas, alguns pastores são técnicos da pregação, bem uma coisa é certa não queremos ser como os neo-pentecostais doutrinariamente pois não podemos jogar fora nossa ortodoxia bíblico-teológica, não podemos perder nossa confessionalidade e nos capitularmos ao liberalismo, e tampouco nos perdermos nas sandices dos pentecostais místicos, pois " atos proféticos, danças proféticas, reprepré, revelamentos e profetadas não  são sinal de de fervor espiritual, pois grandes homens na história do cristianismo não possuíam  tais praticas e mudaram o mundo com sua fé devoção e amor apaixonado por almas, e estudos sistemáticos das escrituras, mas tudo isso era motivado por um amor dependente da ação sobrenatural de Deus, então o que nos resta senão nos lembrar da época em que tudo na igreja era maravilhoso cantar as músicas clássicas de nosso hinário, as mensagens falavam profundamente aos nossos corações, quando recebíamos a oportunidade de pregar nos entregávamos a total dependência de Deus, e todo o nosso preparo era também uma expressão de nossa dependência do Espírito de Deus.
Que possamos em auto-análise nos recordar de nossa caminhada e assim retornar a este glorioso período do primeiro amor, reformados sim conformados nunca!


                                                                                                                        "orare et labutare"                 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Livre-Arbítrio

A maior farsa do mundo " Livre-arbítrio humano"

Martin Lutero disse: "Se alguém atribui alguma parte da salvação, ainda que seja a mais insignificante, ao livre arbítrio do homem é porque não sabe nada a respeito da graça de Deus, e não conhece Jesus Cristo como realmente é devido". 
Por que não devemos acreditar no Livre Arbítrio do Homem? a) Jd 4. * O livre arbítrio nega a soberania de Deus 
b) Is 14: 12-14. * O livre arbítrio começou no coração de Lúcifer - 
c). Ef 2: 1-3. * O livre arbítrio é a voz de Satanás na nossa carne - 
d)* O livre arbítrio diz que a salvação está no poder do homem e não de Deus. 
Eis 42 Evidências Bíblicas que provam que O livre Arbítrio é um mito, uma tradição, uma altivez e um insulto à soberania de Deus. 
I – Versículos do Novo Testamento: 
1. Lc 10: 22. * "Ninguém sabe quem é o Filho… senão a quem o filho quiser revelar"- 
2. Jo 5: 21 * "assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer"- 
3. Jo 6: 44. * "Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer"- 
4. Jo 6: 65. * "Ninguém poderá vir a mim, se pelo Pai não Ihe for concedido"- 
5. Jo 10: 9. * "Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo"- 
6. Jo 15: 16. * "Não fostes vos que me escolhestes a mim – pelo contrário, eu vos escolhia vós outros" - 
7. At 13: 48. * "creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna"- 
8. At 16: 14. * "Lídia estava ouvindo e Deus Ihe abriu o coração para crer - 
9. Rm 3: 10, 11. * "Não ha justo, nem sequer um, não há quem entenda, não há quem busque a Deus"- 
10.* "Por isso o pendor da carne (o livre arbítrio) é inimizade contra Deus,pois não está sujeito a lei de Deus, nem mesmo pode estar” 
11. Rm 8: 29. * "aos que de antemão conheceu, também os predestinou…"- 
12. Rm 9: 11. * "não eram os gêmeos nascidos nem tinham praticado o bem ou o mal para que o propósito de Deus, quanto à eleição prevalecesse, não por obras – livre arbítrio-, mas por aquele que chama". 
13. Rm 9: 16. * "não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia". 
14. Rm 10: 20 * "Fui achado pelos que não me procuravam, revelei-me aos que não perguntavam por mim" . 
15. Rm 10: 20 * "Fui achado pelos que não me procuravam, revelei-me aos que não perguntavam por mim" . 
16. 1ª Co 1: 30 * "Mas vós sois deles, em Cristo Jesus não pelo livre arbítrio". 
17. 1ª Co 2: 14 * "Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe é loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente". 
18. Gl 4: 9 * "mas agora que conheceis Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus…". 
19. Ef 1: 4 * "assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo…". 
20. Ef 1: 5 * "e em amor nos predestinou para ele…segundo o beneplácito de sua vontade". 
21. Ef 1: 11 
22. Ef 1: 19, 21 * "fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as cousas conforme o conselho de sua vontade" (Soberania). * -"nós que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder". 
23. Ef 2: 1 * "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados"-
24. Ef 2: 8 * "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós (do livre arbítrio), é dom de Deus"- 
25. Fp 1: 6 * "aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la"- 
26. 2 ª Ts 2: 13 * "Deus vos escolheu desde o principio para a salvação” 
27. 2ª Tm 1: 9 * "que nos salvou e, nos chamou com santa vocação (soberania); não segundo as nossas obras (livre arbítrio), mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos". 
28. Hb 7: 25 * "pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus".. 
29. Tg 1: 18. * "segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade". 
30. 1ª Pe 1: 2. * "eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito…". 
31. 1ª Pe 2: 9 * "Vós, porem, sois raça eleita… povo de propriedade exclusiva de Deus"- 
32. 1ª Jo 4: 10. * "não que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou primeiro". 
II – Versículo do Antigo Testamento: 
33. Sl 65: 4 * "Bem-aventurado aquele a quem escolhes, e aproximas de ti…". 
34. Pv 16: 9 * "O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos". 
35. Is 43: 12 * "Eu anunciei salvação, realizei-a e a fiz ouvir…".. 
36. Is 46: 3 * "vos a quem desde o nascimento carrego e levo nos braços desde o ventre materno". 
37. Is 46: 8-13. * "Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei". 
38. Is 65: 1 * "Fui buscado dos que não perguntavam por mim; fui achado daqueles que não me buscavam; a um povo que não se chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui, eis-me aqui". 
39. Jr 1: 5 * "Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci… te consagrei"- 
40. Jr 10: 23 * "não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha ao dirigir os seus passos”. - 
41. Jr 13: 23 * "poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal". 
42. Ez 34: 16 * "A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer…". 
Eis alguns Versículos mal interpretados para apoiar o Livre Arbítrio: 
1. Dt 30: 19 * "te propus a vida e a morte… escolhe, pois a vida". 
2. Jo 3: 16 - * "Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê… tenha a vida eterna". 
3. Jo 5: 40 * "Contudo não quereis vir a mim para terdes vida". 
4. Jo 6: 37 * "o que Vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora". 
5. Ap 3: 20 * "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrará em sua casa, e cearei com ele e ele comigo". 

O Livre Arbítrio é uma altivez, é uma mentira, e um sofisma que tem roubado a Soberania e a Glória de Deus, transferindo-a para o homem. Nós o rechaçamos e damos glória a Deus. 
                                                                                                    " Sola Scriptura"

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Confiança nosso maior desafio!

Romanos.9.v. 11-14 ___" para que o propósito de Deus quanto a eleição prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama"..................

A caminha da cristã e repleta de lutas e adversidades, qualquer cristão que possuem um mínimo de conciência sabe que neste mundo seremos afligidos por nossa fé, mas nosso salvador nos ensina: " tende bom ânimo" ( João.16.v.33 ).
Das muitas aflições que enfrentamos podemos citar como uma das mais árduas, a nossa crise moral!
quando de fato somos cristãos realmente salvos por Jesus, nós recebemos  por obra regeneradora de Espirito Santo conciência de pecado, assim sendo nás somos conciêntes de nossa condição de pecadores ( pecado original ) este pecado mais do qualquer outra coisa massacra o coração dos autênticos cristãos! pois como as escrituras nos ensinam, " todo o nascido de Deus, não vive na prática do pecado" ( 1 João. 3.v. 9 ). O pecado atormenta os corações concientes dos autênticos cristãos!, pois não se conformam com o pecado! assim sendo sempre que praticamos pecados grosseiros, nos sentimos mais fracos espiritualmente,deprimidos, e pior, a consiência de termos desobedecido a Deus nos abate, mas é  nesta hora , enquanto estamos no fundo do poço, com nossas baterias espirituais completamentes descarregadas, podemos confiar na providência e vocação de Deus, que são irrevogaveis ( Rom.11.v.29 ).
Como seria catastrófico se dependêssemos de nós mesmos para chegarmos aos céus, primeiramente nossa natureza humana é corrupta, nossos designios são corrompidos pelo pecado, como disse Martinho Lutero " Somos escravos voluntários do pecado" ( Rom.3.v.23 ). Assim sendo não nos resta nada mais ao não ser se esmerar e esforçar-se por andar neste caminho árduo do descanço em Deus; nós seres humanos somos imediatistas, queremos por nossos prórpios métodos alcançar nossa "salvação", a grande maioria dos cristãos prega salvação pela graça mas vive salvação pelas obras, quando eu escuto expressões como: pague o preço!  Ho! irmão o reino é tomado a força!, cuidado você pode perder a salvação!, fico estarrecido, que salvação de lixo esta deste povo! que Deus é este que tem seus planos frustrados, com certeza não é o da bíblia( Jó. 42.v.2 ), E aí nós olhamos para as escrituras e vemos o próprio Jesus ensinando: " não fostes vós que me escolhestes, pelo contrário , eu vos escolhi a vós..." ( João.15.v.16 )
Meu irmão eu te convido a vir trilhar este caminho difícil, árduo e terrivelmente complexo, de cere na Salvação pela graça e pela graça somente, crendo que é ele que opera em nós tanto o querer quanto o realizar ( Fil.2.v. 13 ), e assim eu posso declarar-vos com base nas sagradas escrituras que NADA poderá nos separar deste amor imensurável ( Rom.8.v. 31-39 ), Confie descanse não em sí mesmo! mas na graça de Deus, você e eu somos alvo desta obra maravilhosa da PREDESTINAÇÃO de Deus, na qual ele não apenas sabia quem seria Salvo mas também por meio de seu decreto eterno escolheu os salvos e por meio de sua graça nos concedeu vida eterna ! não por obras mas pela vocaçãoque ele concedeu a todos que estavam debaixo de seu propósito abençoador ( Rom.9.v.6-14 ; Ef.2.v.8-10).