segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A nossa confissão de Fé !


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O QUE É SER PRESBITERIANO:
O QUE CREMOS, COMO CREMOS E POR QUE CREMOS
a) Doutrina
Como presbiterianos, afirmamos os antigos fundamentos da Igreja Cristã.
A Soberania de Deus e a Supremacia da Bíblia. A Palavra de Deus é a única regra infalível de Fé e de Prática, de doutrina e de Ética; aceitamos o Credo Apostólico; e expressamos nossa fé através da Confissão de Fé de Westminster, elaborada em 1647.
A Confissão de Fé de Westminster está subordinada à autoridade de Jesus Cristo como Ele proclamou e revelou nas Sagradas Escrituras – a Bíblia. Como os tempos e necessidades mudam, continuamos a exercitar nossa fé e aplicá-la na sociedade em nossos dias.
b) Aqui está uma síntese dos pontos  centrais da fé presbiteriana:

Cremos em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador
do céu e da terra.

Cremos em Jesus Cristo, seu Único Filho, nos-
so Senhor, o qual foi concebido por obra do Espí-
rito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob
o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; desceu ao Hades, ressurgiu dos mortos
ao terceiro dia; subiu ao céu; está sentado à direita
de Deus Pai, Todo-Poderoso, donde há de vir a jul-
gar vivos e mortos.

Cremos no Espírito Santo; na Santa Igreja de
Cristo, na Comunhão dos Santos; na remissão dos
pecados; na ressurreição do corpo e na vida eterna.

Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus, nos-
sa única regra de fé e prática.

Cremos na total incapacidade do homem para
obter ou contribuir a favor de sua própria salvação.

Cremos que o homem só pode alcançar sal-
vação através de Jesus Cristo que é o único media-
dor entre Deus e os homens.

Cremos na eleição incondicional daqueles
que Deus predestinou para a salvação.

Cremos que quando Deus manifesta sua gra-
ça ao homem, esta é irresistível.

Cremos que aqueles que são alcançados pela
graça de Deus perseverarão nela até o fim. Nós
pregamos, mas quem convence e converte é o Es-
pírito Santo, e “tudo o que Deus faz dura eterna-
mente” (Eclesiastes 3.14).
FILOSOFIA DE MINISTÉRIO
Esta é uma Igreja de portas abertas, voltada para a adoração a Deus e para a comunidade em amor e serviço com profunda consciência de justiça.
Uma Igreja com visão missionária e evangelística,fazendo discípulos para Cristo, formando pequenos grupos de crescimento, de comunhão, de oração, de integração dos novos irmãos e plantando

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Fé puritana!



Fórmula
de Concórdia dos Puritanos

por
John Owen; Richard Baxter; Thomas Goodwin; Cheynel; Marshall; Reyner;
Nye; Sydrach Simpson; Vines; Thomas Manton; Jacomb.


1. Que as Escrituras Sagradas são a regra do conhecimento de Deus e
da vida vivida para Ele, e que todo aquele que nelas não crer, não
poderá ser salvo.
2. Que há um Deus, que é o Criador, o Governador
e o Juiz do mundo, e que deve ser recebido pela fé, e todo e qualquer
outro meio de conhecê-Lo é insuficiente.
3. Que este Deus, que é o
Criador, é eternamente distinto de todas as criaturas em Seu ser e em
Sua graça.
4. Que este Deus é um em três Pessoas ou subsistências.

5. Que Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e o homem, sem o
conhecimento de quem não há salvação.
6. Que este Jesus Cristo é o
verdadeiro Deus.
7. Que este Jesus Cristo é também verdadeiro
homem.
8. Que este Jesus Cristo é Deus e homem em uma Pessoa.

9. Que este Jesus Cristo é o nosso Redentor, quem, pagando um resgate
pelos nossos pecados e levando-os sobre Si, satisfez a justiça divina
quanto a eles.
10. Que este mesmo Senhor Jesus Cristo é Aquele que
foi crucificado em Jerusalém, ressuscitou e ascendeu ao céu.
11.
Que este mesmo Jesus Cristo, sendo o único Deus e homem em uma Pessoa,
continua sendo para sempre uma Pessoa distinta de todos os santos e
anjos, não obstante a união e comunhão deles com Ele.
12. Que, por
natureza, todos os homens estavam mortos em ofensas e pecados, e nenhum
homem pode ser salvo, a menos que nasça de novo, arrependa-se e creia.

13. Que somos justificados e salvos pela graça e pela fé em Jesus
Cristo, e não pelas obras.
14. Que continuar nalgum pecado
conhecido, com base em seja qual for o pretexto ou princípio, é
condenável.
15. Que Deus deve ser cultuado de acordo com a Sua
vontade, e todo aquele que abandonar ou desprezar todos os deveres do
Seu culto não pode ser salvo.
16. Que os mortos ressuscitarão, e
que há um dia de juízo a que todos comparecerão, uns para irem para a
vida eterna, e outros para a condenação eterna.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Fui chamado para esclarecer !

Gostaria de comentar a princípio de forma breve algumas questões que mexeram comigo! em primeiro lugar deve ser levado em conta o que significa hermenêutica:O termo "hermenêutica" provém do verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar", "anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último, "traduzir". Significa que alguma coisa é "tornada compreensível" ou "levada à compreensão".
Alguns defendem que o termo deriva do nome do deus da mitologia grega Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem os gregos atribuíam a origem da linguagem e da escrita e considerado o patrono da comunicação e do entendimento humano. O certo é que este termo originalmente exprimia a compreensão e a exposição de uma sentença "dos deuses", a qual precisa de uma interpretação para ser apreendida corretamente.
Encontra-se desde os séculos XVII e XVIII o uso do termo no sentido de uma interpretação correta e objetiva da BíbliaSpinoza é um dos precursores da hermenêutica bíblica.
Outros dizem que o termo "hermenêutica" deriva do grego "ermēneutikē" que significa "ciência", "técnica" que tem por objeto a interpretação de textos poéticos ou religiosos, especialmente da Ilíada e da "Odisséia"; "interpretação" do sentido das palavras dos textos; "teoria", ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico.
Hermes é tido como patrono da hermenêutica por ser considerado patrono da comunicação e do entendimento humano. Então logo aprendemos que o princípio da hermenêutica é este: " texto sem contexto, é pretexto para heresia"
fiquei estarrecido com os comentários que recebi na minha postagem sobre " nossa liberdade" quando vejo colegas blogueiros evangélicos após eu citar afirmações tão hermeneuticamente corretas, me recomendarem ler 1 Corintios 6, onde fala que os beberrões não herdarão o reino, ou a má interpretação do outro dizendo que a tradição dos anciãos era só de origem acética, isso nos faz ter o trabalho honroso de explicar de forma mais detalhada do assunto, pois nem todos os que pesquisam na net possuem uma boa formação teológica, afinal hoje em dia tem gente que se forma até pela internet em cursos de teologia em seis meses. 
Bem vou me ater ao fato, quando fiz a exegese do texto de joão cap.2, que narra as bodas de Caná da Galiléia, expus a principal pergunta em questão! é pecado um cristão autêntico protestante, filho de Deus tomar bebida alcoílica? bem qualquer um que entenda um pouco de hermenêutica, sabe a diferença básica entre beber e se embriagar! e afinal de contas, a bíblia em relação ao uso de bebidas sempre nos dá um parecer ético, em João 2 nós temos de acordo com o texto original grego Nosso Salvador não teve o menor problema em conviver e estar numa festa onde estavam servindo bebidas, e não me venham com aquele comentário furado da Bíblia de estudo pentecostal, no qual o " Dr. Donald " afirma que o vinho que jesus fez era sem álcool , bom e não embriagava, vamos a exegese do texto: No início do texto no verso 3, diz o texto que acabou o vinho, a palavra vinho neste texto original é OINON, que significa vinho, comum fermentado que embriaga, e a mesma palavra aparece em todo texto isso quer dizer em primeiro lugar que mesmo após a transformação de Jesus o vinho continuava vinho, uma outra questão é que o grego possui outro termo para vinho sem fermentação ou seja não embriagava, o termo é GLEUCOS, ou seja se o vinho que jesus transformou não embriagava não poderia ser oinon mais sim gleucos, bom isso é só o princípio, uma outra questão é que o mesmo comentarista da B. de E. Pentecostal, afirma que o adjetivo grego Kalon que significa bom ( qualidade ) está en seguida ao termo oinon ( vinho ) após o milagre de Jesus, qualifica aquele vinho como vinho " moralmente bom" se é que se pode fazer tal interpretação, particularmente como exegeta,não tenho coragem de fazer semelhante forçação do texto para pregar abstinência, bom o próprio contexto imediato nos faz entender que este argumento deste teólogo pentecostal é furado, pois logo após o milagre de jesus o mestre sala argumenta sobre o oinon kalon ( bom vinho )e afirma no versículo 10 : "todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já (beberam fartamente= metustôsin=estiverem bebados),servem o inferior; tu porém, guardaste o bom vinho( oinon kalon ) até agora" . Assim sendo segundo o contexto imediato o bom vinho fruto do milagre de Jesus embriagava tanto quanto o servido anteriormente.

Queridos não estou recomendando a ninguém que viva embriagado, só estou deixando claro que biblicamente tomar bebida alguma é pecado, é que de vez enquanto um bom vinho não faz mal a ninguém. e que o que as escrituras ensinam claramente não é a abstinência mas a embriagues,pois se tomar bebidas alcoólicas fosse pecado, a a maioria dos reformadores, missionários e aviva-listas, antepassados estariam no inferno, quanto ao texto que sitei na postagem passada, não o forcei como fui acusado! fui exegético, a afirmação de Jesus foi enfática: "NADA FORA DO HOMEM"; isto é de acordo com o texto original grego isso quer dizer: nenhum objeto,nenhuma substância nada cuja existência material provenha da produção do homem inclusive mais tarde os teólogos protestantes usaram esta afirmação em relação a dieta judaica, minha oração é que o Espírito Santo produza maturidade em seu entendimento, e firmeza no seu coração, pois não é porque podemos afirmar esta liberdade que iremos usar da mesma para dar ocasião a carne.

                                                                                                        " ORARE ET LABUTARE "

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A que ponto nós iremos chegar como igreja?

" Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais : Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor"

Eu fico muito aliviado de ser praticante da sadia teologia reformada, certa feita uma moça disse a um membro de nossa igreja ( IPB ) que nós presbiterianos nos achamos o ultimo biscoito do pacote! é claro que ela satirizou, e quando ele me contou eu disse a ele: diga a sua amiga que não somos o último, mas somos o mais gostoso! kkkkkkkk.Eu gosto de satirizar e brincar pois o assunto que irei tratar é realmente muito sério, bem o texto bíblico é hermeneuticamente claro! a base de nosso relacionamento com Deus está em sua vontade imperativa, O Deus eterno por sua santa e soberana vontade escolheu de antemão seus eleitos, isto é uma doutrina fundamental das escrituras. ( Rom.8.29-30; Efésios.1.v.3-14; 2.v.1-10; Fil.1.v.6; 2.v.13; 1 Tes.2.v.13-17; )
Mesmo entendendo que a doutrina bíblica e exegética da predestinação, é de fato uma expressão viva das verdades bíblicas neotestamentárias, certas aberrações que vemos na atualidade nos fazem repensar sobre as obras que servem como evidência da salvação, na vida de algumas pessoas! com por exemplo uma pregadora pentecostal da atualidade, que depois de escândalos e quedas morais assumiu uma relação homo-afetiva, com uma cantora "evangélica" se é que é possível ser homossexual e evangélico ao mesmo tempo! eu acho que não. Lana Holder foi uma ilustre pregadora do meio pentecostal, pregou diversas vezes nos congresso dos Gideões missionários em Camboriú, em várias Igrejas pentecostais e neo-pentecostais, Deixando multidões de almas emocionalmente vibrando com seu jeito autoritário e gritão de falar, e como este povo gosta muito disso, pois se gritarmos somos frios sem unção sem Deus, só pregamos letra,etc. Bom pelo visto pregador bom são estes que gritam muito , falam muita língua estranha, só sabem pregar exortando o pecado alheio, e quando resolvem por as asas de fora cometem estas terríveis aberrações!
È tempo de homens e mulheres de Deus serem levantados como os cristãos de Beréia com a bíblia aberta nas mãos, e crendo no princípio da reforma " Sola Scritura" Só a escritura, meus amados é tempo de deixarmos de lado toda esta bobagem mística pregada nas igrejas pentecostais, fui pentecostal dez anos e na minha época o povo era mais simples, porém muito mais temente, não é como hoje onde todos pregam, profetizam, gato cachorro papagaio,etc. Se esta mulher continua pregando só que agora como lésbica, assumida quando ela falar em línguas será o Espírito Santo?  suas profecias serão por inspiração maligna?
É complicado, pois as escrituras deixam claro que os homossexuais, não herdaram o reino de Deus( 1 Cor.6,v,9-10 ). Eles cobram de nós o amor cristão, bem em minha opinião o amor também é demonstrado na sinceridade, então não podemos deixar de dizer que a homossexuais irão para o inferno, e passarão toda a eternidade separados de Deus.
Minha sincera oração é que estas pessoas como Lana Holder e os líderes da igreja "sem preconceitos" se arrependam! e voltem atras pois do contrário não tem como não entender que tais pessoas não passam de carvão para o inferno. O que a bíblia fala sobre a homossexualidade.(Rom.1.v.1-32; ) e muitos outros textos deixam claro que o Eterno Deus reprova tal prática.

Sou a favor que se crie um conselho nacional de igrejas, para deixar bem claro que estas pseudo-igrejas não são genuinamente evangélicas, pensem nisto e comentem.

                                                                                             "Orare et Labutare"

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O escândalo da graça parte 2

Na perspectiva monergista, a Salvação se dá completamente por obra e ação do Deus Eterno, ou seja a obra da Salvação é uma obra de Deus pai. Isso fica amplamente demonstrado na " ordu salutis " ordem da salvação, descrita em Romanos. 8.v.30__"E aos que predestinou, a esses também chamou;e aos que chamou, a esses também justificou, e aos que justificou, a esses também glorificou.
Não existe nada mais complicado no cristianismo bíblico do que a doutrina da graça, até porque quando estudamos a antropologia da religião, observamos que a humanidade sempre procurou religiosamente, agradar a Divindade por meio de sacrifícios, libações, ou obediência sega a ordenanças como meio de agradar a divindade, e quando recebemos, do cristianismo realmente bíblico a afirmação de que pela " graça somos Salvos" ou seja a razão final de nossa salvação é a graça, e que tudo que produzimos, operamos de bem é proveniente dessa ação graciosa de Deus em nossas vidas,( Fil.1.v.6 ); ou seja nós só cumprimos ou realizamos  boas obras pelo fato de ter Deus nos predestinado para o exercício delas ( Efésios.2.v.10 ).
E ainda mais podemos falar abertamente sobre predestinação até porque, o termo é totalmente bíblico, deveríamos temer falar sobre livre-arbítrio, pois se trata de um termo criado por um Herege Chamado Pelágio ( Estabeleceu-se em Roma por volta de 405, depois viajou para África do Norte, continuou a viagem até a Palestina e escreveu dois livros sobre o pecado, o livre-arbítrio e a graçaDa natureza e Do livre-arbítrio.
Suas opiniões foram criticadas violentamente por Agostinho e seu amigo Jerônimo, tradutor e comentarista bíblico, que morava em Belém na Palestina. Foi inocentado das acusações sobre heresia pelo Sínodo de Dióspolis na Palestina em 415, mas condenado como herege pelo bispo de Roma em 417 e 418, e pelo Concílio de Éfeso em 431.
Não se sabe ao certo o ano e o motivo da sua morte, provavelmente foi por volta de 423. É possível que sua condenação pelo Concílio de Éfeso tenha sido após a sua morte.[1]
O pelagianismo

[

Suas ideias tornaram-se conhecidas como pelagianismo e, apesar de serem consideradas ortodoxas em dois diferentes concílios e por um dos líderes do romanismo, foram consideradas heresias por causa da enorme influência de Agostinho. Assim como acontecia com os hereges do cristianismo, pouco se sabe a respeito das suas ideias, pois o material produzido era queimado. Sua vida era cheia de mistérios e o que se conhece de seu pensamento é através das citações e alusões feitas em livros que se opõem a ele e o condenam.
Os oponentes de Pelágio, liderados por Agostinho o acusaram de três heresias:
  • Negar o pecado original; (doutrina defendida por Cauvin (Calvino) que ensina que o homem não pode querer a Deus)
  • Negar que a graça de Deus é essencial para a salvação; (negando,não a necessidade, mas o monergismo)
  • Defender que o Homem possui a capacidade de decidir o seu futuro por livre-arbítrio, sem necessariamente depender da graça de Deus baseando-se no fato de pessoas resistirem por sua própria vontade a tudo que se refere a Deus, ao Criador e necessidade de pertencer a ELE.
Sua doutrina a respeito da graça foi combatida por Agostinho de Hipona e considerada herética.) Nota da wikipédia
Em contra partida a Igreja contava com um grande personagem que foi o maior expositor da teologia da graça, Agostinho de Hipona.

Agostinho de Hipona
Possivelmente você pode estar pensando o seguinte: Agostinho não era um “santo católico”? Nos vamos estudar a vida de santos agora? Não. Fique tranqüilo. Porém, há que se perceber que, antes de Lutero afixar as 95 teses contra a venda de indulgências, muita gente morreu por não aceitar os erros da Igreja Católica Apostólica Romana.
Agostinho não morreu martirizado, porém, desenvolveu a Doutrina da Graça de modo tão Bíblico que Calvino o abraçou.
Sendo assim, vamos estudar a vida deste servo de Deus e, como os reformadores fizeram, aproveitar de seus ensinos o que tem respaldo bíblico.
A origem
Agostinho nasceu em 13 de novembro de 354, em Tagasta, na África (hoje Argélia) e faleceu em 28 de agosto de 430 em Hipona. Foi um dos maiores pensadores da Igreja. Era filho de Patrício, homem de recursos, pagão, mundano, mas que se converteu nos últimos  anos de sua vida e de Mônica, cristã que sempre manteve esperanças em relação ao filho, embora Agostinho tenha vivido sensual e desregradamente até os 32 anos, quando ocorreu sua conversão. Fez os estudos secundários em Madauro e estudou retórica em Cartago.
Agostinho foi um aluno brilhante e capaz em Literatura, línguas e retórica (a arte do bem falar). Aos 17 anos ingressou na fase da imoralidade, teve uma amante, e com ela um filho chamado Deodato. Foi muito imoral e mulherengo. Nesta época, ao orar dizia: “Senhor dá-me continência e castidade, mas não hoje”.
A busca pelo conhecimento
A leitura do Hortensius, de Cícero, o despertou para a filosofia. Por esta época aderiu ao Maniqueísmo, do qual falaremos adiante.
Em 383, desiludido com o Maniqueísmo, aproximou-se temporariamente do Ceticismo. Depois de ter ensinado retórica em Cartago e Roma, em 384 foi nomeado professor em Milão, onde, entrou em contato com Ambrósio, bispo desta cidade.
A conversão
Conta-se que, certo dia, no final do verão de 386, num jardim, numa casa de campo em Milão, na Itália, se encontrava Agostinho assentado num barco. Ao seu lado estava um exemplar das epístolas de Paulo. Mas, ele parecia não estar interessado, pois experimentava uma intensa luta espiritual, uma violenta agitação de coração e mente. Levantando-se do banco, foi para baixo de uma figueira. Ali ouviu a voz de uma criança que dizia “toma e lê, toma e lê”. Quando voltou ao banco e abriu a Bíblia, encontrou a passagem de Rm 13.14,15 . Leu e se converteu ao Cristianismo.
Em 387 foi batizado por Ambrósio e , na volta para Tagasta, perdeu sua mãe, Mônica. Este fato lhe causou grande tristeza.
Renunciou, então, a todos os prazeres, depois de grande luta interior, e retirou-se para Cassiaciacum, perto de Milão, para meditar.
Atraído pelo ideal de recolhimento e ascese, resolveu fundar um Mosteiro em Tagasta. De sua cidade natal dirigiu-se para Hipona, no inicio de 391, onde foi ordenado sacerdote, e quatro anos mais tarde, bispo-coadjutor, passando a titular com a morte do bispo diocesano Valério. 
Mesmo assim, não abriu mão do ideal de vida monástica, fundado nas dependências de sua catedral uma comunidade que foi modelo para muitas outras e um centro de irradiação  religiosa.
O mundo em que viveu
Agostinho viveu num momento crucial da história- a decadência do Império Romano e o fim da Antiguidade Clássica. A poderosa estrutura que, durantes séculos, dominou o mundo, desabou pela desintegração do proletariado interno e pelo ataque externo das tribos bárbaras.
Em 410 foi testemunha da tomada de Roma pelos visigodos de Alarico. E, ao morrer, em 430, presenciou o sitio de Hipona por Gensérico, rei dos vândalos, e a destruição do poderio romano na África do norte. Foi nesse mundo convulsionado por lutas internas que Agostinho exerceu o magistério sacerdotal e escreveu sua obra, de tão decisiva importância na história do pensamento cristão.
O pensamento
Escreveu contra os maniqueus, defendeu as autoridades das escrituras, explicou sobre a criação, abordou a origem do mal, debateu sobre a questão do livre-arbítrio, quando então, se tornou um grande defensor da predestinação.
A maior de suas lutas foi contra o pelagianismo; estes negavam o pecado original e aceitavam o livre-arbítrio afirmando que o homem tem o poder de vencer o pecado. Afirmavam que o homem podia pecar ou não pecar, logo, tinha vontade livre. Agostinho por sua própria experiência, percebeu o erro disso.
As obras
Além dos inúmeros sermões e cartas, das volumosas interpretações da Bíblia, além de obras didáticas, de catequese e de polemicas contra várias heresias de seu tempo (maniqueísmo, donatismo, pelagianismo), deve-se mencionar, entre as mais importantes de Agostinho:
As confissões de Agostinho (400), uma autobiografia espiritual em que faz ato de penitência e celebra a glória de Deus; relata nela sua piedade; “Tu nos fizeste para ti e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso”.
De Trinitate (400-416), um tratado filosófico e teológico;
Civitas Dei ou cidade de Deus (413-426), uma justificação de fé cristã e teologia histórica, da qual é considerado o fundador. É uma síntese do pensamento filosófico – teológico e político de Agostinho. É considerada pelos críticos como uma filosofia racional da história.
Escreveu-a quando os bárbaros invadiam e Europa e Roma estava sitiada pelos infiéis.
Posições de Agostinho
Agostinho defendeu a imutabilidade de Deus, o princípio da livre criação, isto é, Deus não criou nada por imposição. Sustentou também, ao contrario dos que criam os maniqueístas, que o diabo não era igual em força de Deus. Deus é o único criador, e superior a qualquer força contraria.
Agostinho combateu com grande capacidade as heresias de seu tempo e exerceu decisiva influência sobre o desenvolvimento cultural do mundo ocidental. É chamado de “Doutor da Graça”, pois, como ninguém, soube compreender os seus efeitos. Na sua grande obra “cidade de Deus”, que gastou 13 anos para escrever, afirma: “Dois amores fundaram, pois, duas cidades, a saber: o amor próprio, levado ao desprezo de si próprio, a celestial”.
Isto resume a sua obra.Como disse alguém, “seu símbolo é um coração”. Em chamas e o olhar voltado para as alturas”.
Agostinho foi um pregador incansável (400 sermões autênticos).Grande estudioso e teólogo, seu pensamento estava centrado em dois pontos essenciais: Deus e destino do homem.
Conclusão
Agostinho foi exemplo de alguém que saiu de uma vida confusa e desregrada, para uma vida de total consagração a Deus. O texto de Romanos 13.13,14, transformou sua vida  cheia de pecados e se revestiu de Cristo, na alimentando a carne. Que essa consagração sirva de exemplo para nós.

Assim sendo do mesmo modo que período dos pais apostólicos Deus levantou Agostinho, para contrapor a doutrina da Salvação pelas obras Deus levantou no período da reforma Martinho Lutero na Alemanha, e João Calvino na Suíça para serem fiéis expositores da teologia bíblica da graça, que de fato em confronto com nossa religiosidade Antropocêntrica que nos dirige para uma vida de sacrifícios religiosos que mais semelhança tem com o budismo primitivo do que com o cristianismo do primeiro século, então sem muito a se falar podemos concluir que não existe cristianismo autêntico sem pregação sobre a graça, afinal de contas a reforma protestante possui como grito de liberdade religiosa esta maravilhosa afirmação " sola Gratia " só a graça! enquanto a igreja católica afirmava livremente nos dias de Lutero : fora da igreja católica não há salvação! o protestantismo gritava o contraponto " fora de Cristo e de sua obra de salvação pela graça não há salvação.
Portanto querido leitor pense nisto: Seria a salvação uma obra humana? um Pastor, Bispo, Padre, Papa, pode cancelar a entrada de alguém no reino dos céus? a salvação é possível fora da igreja? ou fora de Cristo?
Que o Espírito Santo te esclareça, minha oração é que você não se escandalize, com a graça mas que você viva a vida cristã seguro de que ainda que merecendo a condenação, o Deus eterno te justificou, mesmo sendo surdo espiritualmente, o Senhor te fez ouvir o seu santo chamado, e ainda mais, mesmo pecador, inimigo de Deus ( Tiago.4.v.4 ) ele já te conhecia, e com base nesse relacionamento de Deus com você, Ele te predestinou ( determinou, o seu destino, pois é esse o sentido literal do termo grego ), para uma eterna glória, que está acima de todo entendimento.