domingo, 28 de novembro de 2010

Arrebatamanto?

              PORQUE SOMOS PÓS-TRIBULACIONISTAS ?

              A seguir, apresentaremos os principais fundamentos pós-tribulacionistas, para sua análise e estudo.

1. Jesus, em seu sermão profético, relaciona somente sua vinda após a tribulação, não mencionando em nenhum momento um arrebatamento oculto anterior ao momento da vinda em glória e sim um arrebatamento que faz parte de sua gloriosa vinda, logo após a grande tribulação (Mateus 24:29-31, Marcos 13:24-27 e Lucas 21:25-27)
2. A Bíblia não nos revela em nenhum lugar que a volta de Jesus será dividida em duas etapas: uma oculta, anterior à tribulação, e outra visível, após a tribulação. Pelo contrário, a Palavra determina apenas duas vindas: uma já concretizada há aproximadamente 2.000 anos e a outra ainda porvir (Hebreus 9:27-28)
3. Paulo nos revela que o arrebatamento ocorrerá ante a última trombeta. Jesus revelou que, por ocasião de sua vinda em glória, logo após a grande tribulação, haverá toque de trombeta. Portanto, nesse momento será tocada a última trombeta (I Coríntios 15:52, Mateus 24:31)
4. A promessa feita aos discípulos pouco após a ascenção de Cristo, aponta para seu regresso visível como Rei, pousando seus pés sobre o Monte da Oliveiras para derrotar o anticristo. Os discípulos, por ocasião da ascenção, estavam no Monte das Oliveiras e viram o acontecimento. Os anjos lhes revelaram que da mesma forma que Jesus tinha subido, Ele voltaria. Ou seja, de forma visível e pousando seus pés sobre o Monte das Oliveiras (Atos 1:11-12, Zacarias 14:3-4)
5. A Igreja primitiva não tinha qualquer idéia "pré-tribulacionista". Os cristãos primitivos esperavam a volta de Jesus já em seus dias, para livrá-los da perseguição e tribulação em que viviam, e não para evitar que eles entrassem num processo tribulacional. A idéia pré-tribulacionista surgiu no século XIX, atrelada ao dispensacionalismo (II Tessalonicenses 1:7-8)
6. Paulo descarta toda idéia de iminência anterior à concretização dos sinais profetizados por Jesus. Ele ensinou aos tessalonicenses que a vinda de Jesus e a nossa reunião com Ele, não ocorreria antes da apostasia generalizada e da manifestação do anticristo, mantendo a mesma ordem profetizada por Jesus no sermão profético (II Tessalonicenses 2:1-3, Mateus 24:10-15)
7. A volta de Jesus será como "um ladrão na noite" para aqueles que não a esperam e/ou não estão vigiando e atentos aos sinais (I Tessalonicenses 5:4, Apocalipse 3:3)
8. A volta de Cristo está relacionada na Bíblia ao DIA DO SENHOR, que será um dia literal e não um período de sete anos. Jesus mencionou a profecia de Joel 2:10 para especificar os sinais que antecederiam imediatamente sua vinda gloriosa, relacionando a mesma ao DIA DO SENHOR através dos mesmos sinais: o sol e a lua escurecendo. Joel nos revela que esses mesmos sinais antecederão o DIA DO SENHOR, relacionando esse dia ao dia da volta de Jesus e não ao período tribulacional de sete anos (Mateus 24:29, Joel 2:10, Isaias 13:10, Ezequiel 32:7-10)
9. É nítida na Bíblia a presença de servos de Deus em meio à tribulação dos últimos tempos. Não se trata de "ex-desviados", pois os cristãos da grande tribulação guardam os mandamentos de Deus e mantêm o testemunho de Jesus, algo impossível sem a atuação do Espírito Santo. Muitos desses servos de Deus, a exemplo dos cristãos primitivos, serão martirizados e odiados "por todas as nações" (Apocalipse 12:17, Apocalipse 6:9-11, Apocalipse 14:8-13, Mateus 24:9-12, Marcos 13:20, João 17:15, Daniel 7:25-27)
10. Desses cristãos, alguns serão protegidos de forma sobrenatural durante a tribulação, a exemplo do que ocorreu com o povo de Israel no Egito durante as pragas (Apocalipse 3:10, Apocalipse 12:14-16, Daniel 11:33-34, Mateus 24:22) 
11. O chamado para “vigiar” (o termo vigiar vem de vigília = noite) e se manter atento aos sinais e à santidade, se prolonga até o final da tribulação (Apocalipse 16:15) 
12. Jesus, em sua primeira abordagem direta sobre sua volta, relaciona diretamente o momento do arrebatamento à sua vinda gloriosa e à derrota dos exércitos do anticristo no Armagedom. Isso fica patente ao comparar Lucas 17:28-37 com Apocalipse 19:11-21 (Presença de destruição, cadáveres e aves de rapina)
13. O objetivo da tribulação não é o extermínio da raça humana nem a destruição total do planeta. Jesus compara sua vinda aos dias de Noé no que concerne ao descaso das pessoas diante das profecias e à malignidade das duas épocas em questão. Porém, os acontecimentos são diferentes: No dilúvio, o propósito era destruir todo ser vivo, exceto Noé, família e os animais na arca. Na volta de Jesus, a destruição virá sobre o sistema maligno no qual o mundo jaz e sobre aqueles que se prostram diante de tal sistema (I João 5:19, I Coríntios 15:23-25, Gênesis 6:7, Gênesis 8:21-22)
14. Após a grande tribulação haverá sobreviventes, inclusive das nações que marcharão contra Jerusalem no Armagedom (Zacarias 14:16)
15. Não existe base bíblica para separar a igreja da Israel espiritual. Apesar de existirem castigos e promessas específicas para a nação israelense, não se justifica presumir por isso um arrebatamento pré-tribulacional. Nós somos o Israel de Deus, filhos de Abraão, segundo a promessa (Efésios 2:14, Gálatas 3:29, Romanos 11:24:32)
16. Não existe legitimação para “dividir” a atuação de Deus em dispensações  separadas e excludentes. O que vemos na Bíblia é uma revelação progressiva do plano de Deus para a humanidade. Deus trata com todos ao mesmo tempo. Um exemplo disso é que Deus continua atuando profeticamente com Israel em plena “era dos gentios”
17. Não existe base bíblica alguma para sustentar a volta de Jesus “a qualquer momento”. O próprio Cristo se deteve para revelar todos os grandes sinais que antecederiam sua volta. Após o cumprimento de todos os sinais profetizados pelo Mestre é que sua volta será “a qualquer momento”. Paulo também nos revela dois grandes sinais (Mateus 24:33, II Tessalonicenses 2:1-3). Não se pode usar as epístolas paulinas para sustentar a volta de Jesus “a qualquer momento”, pois elas foram escritas para diversas igrejas até 66 d.C., ano em que Paulo morreu decapitado em Roma. Naquele ano não havia se cumprido sequer o primeiro grande sinal profetizado por Jesus: a destruição de Jerusalem, que só ocorreu em 70 d.C. Paulo e nenhum dos apóstolos ensinaram um arrebatamento “sem sinais prévios”
18. A salvação nos livra da ira de Deus. Quando falamos em “ira” relacionada à  salvação espiritual, não é correto associar essa “ira” a um processo tribulacional, onde os danos sofridos pelos servos de Deus são físicos. O próprio autor do versículo em questão morreu decapitado dentro de um processo de perseguição e tribulação. A salvação que temos é espiritual e eterna, a qual nos torna isentos da ira eterna de Deus, porém não isentos de passar por tribulações (I Tessalonicenses 1:10, I Tessalonicenses 4:9)
19. Todos os termos neo-testamentários usados para referir-se à vinda de Jesus, nos dão a idéia de um evento visível, notável e não oculto: ephiphaneia (aparecimento), apokalipsys (revelação) e parousia (vinda-manifestação)
20. A primeira ressurreição ocorrerá por ocasião da vinda de Cristo em glória, no final da tribulação. Essa “primeira” ressurreição exclui uma ressurreição em massa anterior a esse momento (Apocalipse 20:4-6)
21. Toda a revelação escatológica de Jesus, dos apóstolos e até do Apocalipse, é direcionada à Igreja. Que objetivo haveria em revelar-nos esses pormenores e instruir-nos a estarmos atentos aos sinais, se a Igreja não estivesse inserida nesses acontecimentos?
22. As “bodas do Cordeiro” ocorrerão após  a vinda do reino de Deus. O anúncio dessas bodas é feito no final da tribulação (Apocalipse 19:7, Lucas 22:18 – Lucas 21:31)
23. Jesus nos insta a estarmos atentos aos sinais e a não sermos enganados em meio à tribulação pelos sinais malignos dos “anticristos” e “falsos profetas” (Marcos 24:4, Mateus 24:24, Lucas 12:54-59)
24. Jesus disse que “quem perseverar até o fim será salvo”. O “fim” de sua narrativa profética  no sermão do Monte das Oliveiras é sua vinda em glória, logo após a tribulação (Mateus 24:13, Mateus 24:6)
25. Jesus predisse que os seus servos seriam odiados “por todas as nações” e que o evangelho seria pregado em testemunho “a todas as nações”. Esses eventos ainda não aconteceram em sua plenitude e devem ocorrer durante a tribulação com a perseguição institucionalizada contra a Igreja e a diáspora decorrente dessa perseguição, produzindo um avivamento nunca antes visto e possibilitando a pregação a “todas as nações”.
26. Se o pré-tribulacionismo estiver certo, nós, pós-tribulacionistas, estamos preparados pela fé e através do novo nascimento para o arrebatamento anterior à tribulação. Se a posição pós-tribulacionista estiver certa, estaria a Igreja preparada em todos os aspectos para enfrentar esses momentos de sofrimento físico e social extremos? Estão todos sendo ministrados para enfrentarem essa possibilidade? Estão todos sendo ensinados a vigiarem em virtude do engano generalizado que se aproxima?   
                 
              Diante dessa realidade, o PROJETO ÔMEGA procura trazer a público o debate e o estudo bíblico aprofundado, no que se refere à questão escatológica. Buscamos a conscientização dos servos de Deus a respeito dos eventos que já estão profetizados e a correta postura que todos devemos ter diante da realidade em que vivemos, que já prenuncia a concretização dessas profecias.

              A seguir, daremos nossas principais bases de atuação ministerial:

1. Nosso propósito não é impor uma idéia ou dogma, como os pré-tribulacionistas têm feito durante décadas, e sim expor uma interpretação sincera das profecias escatológicas e estimular os servos de Deus a estudarem com mais profundidade esses assuntos. Temos observado que a grande maioria dos cristãos, no tocante aos assuntos escatológicos, não tem feito aquilo que os bereanos fizeram, ao ouvir a palavra ministrada por Paulo. Muitos têm aceitado a hipótese pré-tribulacionista como verdade absoluta, por falta de interesse em estudar as profecias escatológicas, outros por falta de entendimento, ao julgar esses assuntos muito complicados, o que na realidade não é verdade.
              A maioria das igrejas protestantes têm adotado o pré-tribulacionismo como base doutrinária para entender os últimos acontecimentos. Isso se deve ao fato da maior parte dessas igrejas ter surgido a partir de começos do século dezenove, época em que começou a ser divulgado o pré-tribulacionismo por parte dos irmãos de Plymouth - EEUU (1830). Esse tipo de interpretação influenciou todas as igrejas do período, das quais as atuais são herdeiras, sejam elas tradicionais ou pentecostais. Anterior a esse período (sec. XIX),  não havia distinção entre arrebatamento e segunda vinda em glória. O maior exemplo dessa posição é a Igreja primitiva. Ao ler as cartas de Paulo, Pedro e João fica explícito que eles, como toda a Igreja primitiva, esperavam a volta do Senhor já em seus dias, vivendo em pleno processo tribulacional. Essa vinda não seria para "evitar" que a Igreja entrasse num processo de tribulação e sim para tirá-los da tribulação em que a Igreja vivia.
              Eles relacionavam essa tribulação e a perseguição desencadeada pelo Império Romano à grande tribulação profetizada por Jesus e o imperador perseguidor ao anticristo. A Igreja primitiva não esperava um arrebatamento anterior à tribulação (até pelo fato de viverem em constante perseguição e tribulação). Eles esperavam  a vinda poderosa de Cristo, para arrebatá-los, derrotar o anticristo (para eles o imperador romano) e instaurar o reino milenar. Diante disso, podemos assegurar que a igreja primitiva não era pré-tribulacionista!
2. A revelação escatológica neo-testamentária, principalmente o Apocalipse, é dirigida à Igreja. É claro que o povo judeu terá uma participação decisiva nos últimos acontecimentos, porém a presença da Igreja nesse contexto, inclusive o tribulacional, é inegável à luz da palavra. Por exemplo: em Mateus 24:22 Jesus disse que se os dias da grande tribulação não fossem abreviados, ninguém se salvaria (no aspecto físico, para permitir a existência de sobreviventes e o cumprimento da promessa de transformação dos que estiverem vivos e não a nível espiritual, pois a nossa salvação independe dos danos físicos causados num processo tribulacional). Eles serão abreviados por causa dos escolhidos. Os pré-tribulacionistas tendem a relacionar esses escolhidos ao povo judeu. No entanto, oito versículos depois, Jesus continua a narrativa dizendo que os escolhidos serão ajuntados desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus (Mateus 24:30-31). Essa é uma descrição do arrebatamento, que, de acordo com próprio Jesus, acontecerá ao mesmo tempo da sua segunda vinda em glória. Note que os escolhidos serão ajuntados (arrebatados). Portanto quando Jesus menciona no versículo 22 a palavra escolhidos, não está referindo-se a Israel e sim à Igreja, pois esses mesmos escolhidos são arrebatados no versículo 31, sendo o arrebatamento uma promessa específica para a Igreja e não para Israel.
               Em Daniel e também no Apocalipse, fica claro que o anticristo fará guerra contra os santos e matará a muitos, principalmente após a instauração a nível mundial da marca da besta (sistema de controle político-financeiro). Outra vez, não devemos confundir esse ataque aos santos, com o povo de Israel, pois Israel só será atacado pelo anticristo no final da tribulação, quando reunir os exércitos da terra contra a terra santa no Armagedom. Inclusive, a Bíblia afirma em Apocalipse 20:4-6 que os cristãos martirizados (assassinados pelo anticristo) por não aceitarem a nova ordem mundial (a marca da besta), ressuscitarão na primeira ressurreição, excluindo categoricamente uma ressurreição em massa antes da tribulação, como é defendida pelos pré-tribulacionistas.
3. Não existe nenhuma passagem bíblica que determine claramente a segunda vinda de Jesus dividida em duas etapas: uma oculta, para arrebatar a Igreja, e a outra no final da tribulação, para derrotar o anticristo e instaurar o reino milenar. O pré-tribulacionismo chega a essas conclusões por meio de uma série de deduções indiretas e suposições. Uma análise direta e desprovida de todo tipo de preconceito vai deixar claro, para qualquer pessoa interessada na verdade escatológica, que o arrebatamento da Igreja acontecerá ao mesmo tempo da volta de Jesus com poder e grande glória.
4. O amor de Cristo pela Igreja não a torna isenta de viver tribulações. Se assim fosse, então nossos irmãos primitivos, que foram perseguidos, torturados e martirizados, entre os quais líderes do porte de Pedro, Paulo, João, Tiago, Estevão, Policarpo e tantos outros não estariam debaixo do amor de Cristo! O próprio Mestre disse: “o servo não é maior que o seu senhor”. Se Jesus foi perseguido pelo sistema político e religioso da época, por que nós estaríamos isentos? A Igreja atual está mais preocupada em não passar pela tribulação para manter a sua integridade física e social ou em anunciar o evangelho e não negar o nome de Jesus, mesmo que isso signifique dano físico ou morte em meio à mais ferrenha perseguição e tribulação?  
5. Cremos que a visão pós-tribulacionista deve ser levada em consideração e aplicada ao processo de fortalecimento espiritual do cristão nesses últimos dias. Pelo simples fato de preparar-se diariamente, tanto no aspecto psicológico quanto espiritual, para viver um período de perseguição e tribulação nunca visto anteriormente, o pós-tribulacionista está preparado como um guerreiro para o que der e vier. Está preparado até mesmo para ser arrebatado antes da tribulação, se a hipótese pré-tribulacionista estiver certa. O contrário, porém, não pode ser verificado entre os pré-tribulacionistas. Quantos cristãos nos dias atuais estão preparados para morrer pelo evangelho? Quantos cristãos estão preparados espiritualmente para serem perseguidos de forma implacável pelo sistema político e religioso?

               REFLEXÃO

               Os líderes estão ministrando às igrejas essa preparação espiritual de guerra ou estão estimulando os liderados a viverem  de acordo com estereótipos de sucesso seculares, esperando que as coisas “melhorem” através de soluções humanas? Os cristãos modernos estão buscando a implantação do reino de Deus ou estão indo atrás das coisas que o próprio Jesus disse seriam acrescentadas automaticamente a quem buscasse primeiro o reino? Nisso radica o verdadeiro perigo. Acreditamos que muitos só acordarão para a realidade tribulacional quando for muito tarde (pelo simples fato de não ter acontecido o arrebatamento anterior a tribulação, como é esperado pela maioria). Para essas pessoas, devido à falta de preparação e ao seu grau de comprometimento com a vida secular e os seus padrões de sucesso, será extremamente difícil optar pela exclusão e perseguição. Em vez disso escolherão o bem-estar social proposto pela besta através da marca. Alguns estão tão envolvidos com o processo político e social, que simplesmente não perceberão o surgimento do anticristo e a aplicação de seu plano a nível mundial. 
               Aqui vale ressaltar que o anticristo, um enganador, não surgirá como um vilão e sim como um herói e líder carismático, levando-o a ser apoiado em seus planos aparentemente infalíveis, pacificadores e humanitários, até mesmo por lideranças que se dizem “cristãs”, pois o mesmo terá um enorme poder de convencimento e sedução. Outros, apesar de terem acreditado na posição pré-tribulacionista, entenderão já estar vivendo a realidade tribulacional, e terão reservas espirituais (azeite) para enfrentar esses momentos difíceis, o que se encaixa perfeitamente na parábola das dez virgens, onde todas cochilam e dormem, por causa da demora do noivo, e em determinado momento “despertam para a realidade”. Somente a metade tinha combustível necessário para que as suas lâmpadas brilhassem em meio à escuridão (tribulação). A perseguição sobre a Igreja será implacável, e devido a isso muitos desfalecerão ou até mesmo renunciarão ao nome de Cristo, só para manterem sua integridade física e social. Será um momento de prova final, onde saberemos quem verdadeiramente tem compromisso com Deus e quem está na Igreja hoje interessado somente no que Deus pode dar em troca. Jesus deixou uma pergunta emblemática antes de partir:

               Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?


                Maranata!

               

Quando me deparei com este artigo logo me dei conta de que ele de fato sintetiza de forma bem singular o que cremos ser a verdade sobre a vinda gloriosa de nosso Senhor Jesus. Leia neste blog : A vinda de Cristo, um evento único.

Deus e a Homossexualidade.

Que diz a Bíblia sobre a homossexualidade?

A Bíblia diz em Romanos 1:26-27 “Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza; semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro.”

É a homossexualidade um pecado?

A Bíblia diz em Levítico 18:22 “Não te deitarás com varão, como se fosse mulher; é abominação.”

Pode uma pessoa que pratica a homossexualidade ir para o céu?

A Bíblia diz em 1 Coríntios 6:9 “Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas.”

Como todos os pecadores, aqueles que praticam a homossexualidade devem se arrepender.

A Bíblia diz em 1 Timóteo 1:10-11 “Para os devassos, os sodomitas, os roubadores de homens, os mentirosos, os perjuros, e para tudo que for contrário à sã doutrina, segundo o evangelho da glória do Deus bendito, que me foi confiado.”

Devemos abandonar qualquer ação de pecado e necessitamos o perdão de Deus.

A Bíblia diz em 1 Coríntios 6:11 “E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”

Há esperança para aquele que pratica a homossexualidade

A Bíblia diz em 1 Coríntios 10:13 “Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar.”

Se você estás praticando a homossexualidade, que deve fazer?

Primeiro, reconhecer o seu pecado. A Bíblia diz em Salmos 51:2-4 “Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.”

Segundo, pedir que o seu pecado seja perdoado. Deus diz que pode começar uma vida nova. A Bíblia diz em Salmos 51:7-12 “Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste. Esconde o teu rosto dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável. Não me lances fora da tua presença, e não retire de mim o teu santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.”

Terceiro, acreditar que Deus lhe perdoou deveras e parar de se sentir culpado. A Bíblia diz em Salmos 32:1-6 “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui a iniqüidade, e em cujo espírito não há dolo. Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha iniqüidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Pelo que todo aquele é piedoso ore a ti, a tempo de te poder achar; no trasbordar de muitas águas, estas e ele não chegarão.”

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dia 31 de outubro dia da reforma

Reforma Protestante
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão iniciado no século XVI por Martinho Lutero, que, através da publicação de suas95 teses,[1] protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco solas.[2]
Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e aHungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra-Reforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.
O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo.
[editar]Pré-Reforma
A Pré-Reforma foi o período anterior à Reforma Protestante no qual se iniciaram as bases ideológicas que posteriormente resultaram na reforma iniciada por Martinho Lutero.
A Pré-Reforma tem suas origens em uma denominação cristã do século XII conhecida como Valdenses, que era formada pelos seguidores de Pedro Valdo, um comerciante de Lyon que se converteu ao Cristianismo por volta de 1174. Ele decidiu encomendar uma tradução daBíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, considerando ser a fonte de toda autoridade eclesiástica. Eles reuniam-se em casas de famílias ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja Católica Romana, já que negavam a supremacia de Roma e rejeitavam o culto às imagens, que consideravam como sendo idolatria.[3]


John Wycliffe.
No seguimento do colapso de instituições monásticas e da escolástica nos finais da Idade Média na Europa, acentuado pelo Cativeiro Babilônico da igreja no papado de Avignon, o Grande Cisma e o fracasso da conciliação, se viu no século XVI o fermentar de um enorme debate sobre a reforma da religião e dos posteriores valores religiosos fundamentais.
No século XIV, o inglês John Wycliffe,[4] considerado como precursor da Reforma Protestante, levantou diversos questionamentos sobre questões controversas que envolviam o Cristianismo, mais precisamente aIgreja Católica Romana. Entre outras idéias, Wycliffe queria o retorno da Igreja à primitiva pobreza dos tempos dos evangelistas, algo que, na sua visão, era incompatível com o poder político do papa e dos cardeais, e que o poder da Igreja devia ser limitado às questões espirituais, sendo o poder político exercido pelo Estado, representado pelo rei. Contrário à rígida hierarquia eclesiástica, Wycliffe defendia a pobreza dos padres e os organizou em grupos. Estes padres foram conhecidos como "lolardos". Mais tarde, surgiu outra figura importante deste período: Jan Hus. Este pensador tcheco iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wycliffe. Seus seguidores ficaram conhecidos como Hussitas.[5]
[editar]Reforma
[editar]Na Alemanha, Suíça e França
No início do século XVI, o monge alemão Martinho Lutero, abraçando as idéias dos pré-reformadores, proferiu três sermões contra asindulgências em 1516 e 1517. Em 31 de outubro de 1517 foram pregadas as 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas.[6] Esse fato é considerado como o início da Reforma Protestante.[7]


Martinho Lutero, aos 46 anos de idade.
Essas teses condenavam a "avareza e o paganismo" na Igreja, e pediam um debate teológico sobre o que asindulgências significavam. As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Após um mês se haviam espalhado por toda a Europa.[8]
Após diversos acontecimentos, em junho de 1518 foi aberto um processo por parte da Igreja Romana contra Lutero, a partir da publicação das suas 95 Teses. Alegava-se, com o exame do processo, que ele incorria emheresia. Depois disso, em agosto de 1518, o processo foi alterado para heresia notória.[9] Finalmente, em junho de 1520 reapareceu a ameaça no escrito "Exsurge Domini" e, em janeiro de 1521, a bula "Decet Romanum Pontificem" excomungou Lutero. Devido a esses acontecimentos, Lutero foi exilado no Castelo de Wartburg, em Eisenach, onde permaneceu por cerca de um ano. Durante esse período de retiro forçado, Lutero trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, da qual foi impresso o Novo Testamento, em setembro de 1522.[10]


Extensão da Reforma Protestante na Europa.
Enquanto isso, em meio ao clero saxônio, aconteceram renúncias ao voto de castidade, ao mesmo tempo em que outros tantos atacavam os votos monásticos. Entre outras coisas, muitos realizaram a troca das formas de adoração e terminaram com as missas, assim como a eliminação das imagens nas igrejas e a ab-rogação do celibato. Ao mesmo tempo em que Lutero escrevia "a todos os cristãos para que se resguardem da insurreição e rebelião". Seu casamento com a ex-freira cisterciense Catarina von Bora incentivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma. Com estes e outros atos consumou-se o rompimento definitivo com a Igreja Romana.[11] Em janeiro de 1521 foi realizada a Dieta de Worms, que teve um papel importante na Reforma, pois nela Lutero foi convocado para desmentir as suas teses, no entanto ele defendeu-as e pediu a reforma.[12] Autoridades de várias regiões do Sacro Império Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam sacerdotes católicos das igrejas,[13] substituindo-os por religiosos com formação luterana.[14]
Toda essa rebelião ideológica resultou também em rebeliões armadas, com destaque para a Guerra dos camponeses (1524-1525). Esta guerra foi, de muitas maneiras, uma resposta aos discursos de Lutero e de outros reformadores. Revoltas de camponeses já tinham existido em pequena escala em Flandres (1321-1323), na França (1358), na Inglaterra (1381-1388), durante as guerras hussitas do século XV, e muitas outras até o século XVIII. A revolta foi incitada principalmente pelo seguidor de Lutero,Thomas Münzer,[14] que comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada,[14] Lutero por sua vez defendia que a existência de "senhores e servos" era vontade divina,[14]motivo pelo qual eles romperam,[15] sendo que Lutero condenou Münzer e essa revolta.[16]


O Muro dos Reformadores. Da esquerda à direita, estátuas deGuilherme Farel, João Calvino,Teodoro de Beza e John Knox.
Em 1530 foi apresentada na Dieta imperial convocada pelo Imperador Carlos V, realizada em abril desse ano, a Confissão de Augsburgo, escrita por Felipe Melanchton [17] com o apoio da Liga de Esmalcalda. Os representantes católicos na Dieta resolveram preparar uma refutação ao documento luterano em agosto, a Confutatio Pontificia (Confutação), que foi lida na Dieta. O Imperador exigiu que os luteranos admitissem que sua Confissão havia sido refutada. A reação luterana surgiu na forma da Apologia da Confissão de Augsburgo, que estava pronta para ser apresentada em setembro do mesmo ano, mas foi rejeitada pelo Imperador. A Apologia foi publicada por Felipe Melanchton no fim de maio de 1531, tornando-se confissão de fé oficial quando foi assinada, juntamente com a Confissão de Augsburgo, em Esmalcalda, em 1537.[18]
Ao mesmo tempo em que ocorria uma reforma em um sentido determinado, alguns grupos protestantes realizaram a chamada Reforma Radical. Queriam uma reforma mais profunda. Foram parte importante dessa reforma radical os Anabatistas, cujas principais características eram a defesa da total separação entre igreja e estado e o "novo batismo" [19] (que em grego é anabaptizo).[20]


João Calvino.
Enquanto na Alemanha a reforma era liderada por Lutero, Na França e na Suíça a Reforma teve como líderesJoão Calvino e Ulrico Zuínglio .
João Calvino foi inicialmente um humanista. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto como um representante importante do movimento protestante.[21] Vítima das perseguições aos huguenotes na França, fugiu para Genebra em 1533 [22] onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se um centro do protestantismo europeu e João Calvino permanece desde então como uma figura central da história da cidade e da Suíça. Calvino publicou as Institutas da Religião Cristã,[23] que são uma importante referência para o sistema de doutrinas adotado pelas Igrejas Reformadas.[24]
Os problemas com os huguenotes somente concluíram quando o Rei Henry IV, um ex-huguenote, emitiu oÉdito de Nantes, declarando tolerância religiosa e prometendo um reconhecimento oficial da minoria protestante, mas sob condições muito restritas. O catolicismo se manteve como religião oficial estatal e as fortunas dos protestantes franceses diminuíram gradualmente ao longo do próximo século, culminando na Louis XIV do Édito de Fontainebleau, que revogou o Édito de Nantes e fez do catolicismo única religião legal na França. Em resposta ao Édito de Fontainebleau, Frederick William de Brandemburgo declarou o Édito de Potsdam, dando passagem livre para franceses huguenotes refugiados e status de isenção de impostos a eles durante 10 anos.
Ulrico Zuínglio foi o líder da reforma suíça e fundador das igrejas reformadas suíças. Zuínglio não deixou igrejas organizadas, mas as suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas. A reforma de Zuínglio foi apoiada pelo magistrado e pela população de Zurique, levando a mudanças significativas na vida civil e em assuntos de estado em Zurique.[25]
[editar]No Reino Unido
O curso da Reforma foi diferente na Inglaterra. Desde muito tempo atrás havia uma forte corrente anticlerical, tendo a Inglaterra já visto o movimento Lollardo, que inspirou os Hussitas na Boémia. No entanto, ao redor de 1520 os lollardos já não eram uma força ativa, ou pelo menos um movimento de massas.


Henrique VIII.
Embora Henrique VIII tivesse defendido a Igreja Católica com o livro Assertio Septem Sacramentorum (Defesa dos Sete Sacramentos), que contrapunha as 95 Teses de Martinho Lutero, Henrique promoveu a Reforma Inglesa para satisfazer as suas necessidades políticas. Sendo este casado com Catarina de Aragão, que não lhe havia dado filho homem, Henrique solicitou ao Papa Clemente VII a anulação do casamento.[26] Perante a recusa do Papado, Henrique fez-se proclamar, em 1531, protetor da Igreja inglesa. O Ato de Supremacia, votado no Parlamento em novembro de 1534, colocou Henrique e os seus sucessores na liderança da igreja, nascendo assim o Anglicanismo. Os súditos deveriam submeter-se ou então seriam excomungados, perseguidos [27] e executados, tribunais religiosos foram instaurados e católicos foram obrigados à assistir cultos protestantes,[28] muitos importantes opositores foram mortos, tais como Thomas More, o Bispo John Fischer e alguns sacerdotes, frades franciscanos e monges cartuchos. Quando Henrique foi sucedido pelo seu filho Eduardo VI em 1547, os protestantes viram-se em ascensão no governo. Uma reforma mais radical foi imposta diferenciando o anglicanismo ainda mais do catolicismo.[29]
Seguiu-se uma breve reação católica durante o reinado de Maria I (1553-1558). De início moderada na sua política religiosa, Maria procura a reconciliação com Roma, consagrada em 1554, quando o Parlamento votou o regresso à obediência ao Papa.[26] Um consenso começou a surgir durante o reinado de Elizabeth I. Em1559, Elizabeth I retornou ao anglicanismo com o restabelecimento do Ato de Supremacia e do Livro de Orações de Eduardo VI. Através daConfissão dos Trinta e Nove Artigos (1563), Elizabeth alcançou um compromisso entre o protestantismo e o catolicismo: embora o dogma se aproximasse do calvinismo, só admitindo como sacramentos o Batismo e a Eucaristia, foi mantida a hierarquia episcopal e o fausto das cerimônias religiosas.


John Knox.
A Reforma na Inglaterra procurou preservar o máximo da Tradição Católica (episcopado, liturgia e sacramentos). A Igreja da Inglaterra sempre se viu como a ecclesia anglicanae, ou seja, A Igreja cristã na Inglaterra e não como uma derivação da Igreja de Roma ou do movimento reformista do século XVI. A Reforma Anglicana buscou ser a "via média" entre o catolicismo e o protestantismo.[30]
Em 1561 apareceu uma confissão de fé com uma Exortação à Reforma da Igreja modificando seu sistema de liderança, pelo qual nenhuma igreja deveria exercer qualquer autoridade ou governo sobre outras, e ninguém deveria exercer autoridade na Igreja se isso não lhe fosse conferido por meio de eleição. Esse sistema, considerado "separatista" pela Igreja Anglicana, ficou conhecido como Congregacionalismo.[31] Richard Fytz é considerado o primeiro pastor de uma igreja congregacional, entre os anos de 1567 e 1568, na cidade de Londres. Por volta de 1570ele publicou um manifesto intitulado As Verdadeiras Marcas da Igreja de Cristo.[32] Em 1580 Robert Browne, um clérigo anglicano que se tornou separatista, junto com o leigo Robert Harrison, organizou em Norwich uma congregação cujo sistema era congregacionalista,[33] sendo um claro exemplo de igreja desse sistema.
Na Escócia, John Knox (1505-1572), que tinha estudado com João Calvino em Genebra, levou o Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma Protestante em 1560, sendo estabelecido o Presbiterianismo. A primeira Igreja Presbiteriana, a Church of Scotland (ou Kirk), foi fundada como resultado disso.[34]
[editar]Nos Países Baixos e na Escandinávia


Erasmo de Roterdão.
A Reforma nos Países Baixos, ao contrário de muitos outros países, não foi iniciado pelos governantes das Dezessete Províncias, mas sim por vários movimentos populares que, por sua vez, foram reforçados com a chegada dos protestantes refugiados de outras partes do continente. Enquanto o movimento Anabatistagozava de popularidade na região nas primeiras décadas da Reforma, o calvinismo, através da Igreja Reformada Holandesa, tornou a fé protestante dominante no país desde a década de 1560 em diante. No início de agosto de 1566, uma multidão de protestantes invadiu a Igreja de Hondschoote na Flandres (atualmente Norte da França) com a finalidade de destruir das imagens católicas,[35][36][37] esse incidente provocou outros semelhantes nas províncias do norte e sul, até Beeldenstorm, em que calvinistas invadiram igrejas e outros edifícios católicos para destruir estátuas e imagens de santos em toda a Holanda, pois de acordo com os calvinistas, estas estátuas representavam culto de ídolos. Duras perseguições aos protestantes pelo governo espanhol de Felipe II contribuíram para um desejo de independência nas províncias, o que levou à Guerra dos Oitenta Anos e eventualmente, a separação da zona protestante (atual Holanda, ao norte) da zona católica (atual Bélgica, ao sul).[34]
Teve grande importância durante a Reforma um teólogo holandês: Erasmo de Roterdã. No auge de sua fama literária, foi inevitavelmente chamado a tomar partido nas discussões sobre a Reforma. Inicialmente, Erasmo se simpatizou com os principais pontos da crítica de Lutero, descrevendo-o como "uma poderosa trombeta da verdade do evangelho" e admitindo que, "É claro que muitas das reformas que Lutero pede são urgentemente necessárias.".[38] Lutero e Erasmo demonstraram admiração mútua, porém Erasmo hesitou em apoiar Lutero devido a seu medo de mudanças na doutrina. Em seu Catecismo (intitulado Explicação do Credo Apostólico, de 1533), Erasmo tomou uma posição contrária a Lutero por aceitar o ensinamento da "Sagrada Tradição" não escrita como válida fonte de inspiração além da Bíblia, por aceitar no cânon bíblico os livros deuterocanônicos e por reconhecer os sete sacramentos.[39] Estas e outras discordâncias, como por exemplo, o tema do Livre arbítrio fizeram com que Lutero e Erasmo se tornassem opositores.


Catedral luterana em Helsinque,Finlândia.
Na Dinamarca, a difusão das idéias de Lutero deveu-se a Hans Tausen. Em 1536 [40] na Dieta deCopenhaga, o rei Cristiano III aboliu a autoridade dos bispos católicos, tendo sido confiscados os bens das igrejas e dos mosteiros. O rei atribuiu a Johann Bugenhagen, discípulo de Lutero, a responsabilidade de organizar uma Igreja Luterana nacional.[41] A Reforma na Noruega e na Islândia foi uma conseqüência da dominação da Dinamarca sobre estes territórios; assim, logo em 1537 ela foi introduzida na Noruega e entre 1541 e 1550 [40] na Islândia, tendo assumido neste último território características violentas.
Na Suécia, o movimento reformista foi liderado pelos irmãos Olaus Petri e Laurentius Petri. Teve o apoio do rei Gustavo I Vasa,[42] que rompeu com Roma em 1525, na Dieta de Vasteras. O luteranismo, então, penetrou neste país estabelecendo-se em 1527.[40] Em 1593, a Igreja sueca adotou a Confissão de Augsburgo. Na Finlândia, as igrejas faziam parte da Igreja sueca até o início do século XIX, quando foi formada uma igreja nacional independente, a Igreja Evangélica Luterana da Finlândia.
[editar]Em outras partes da Europa
Na Hungria, a disseminação do protestantismo foi auxiliada pela minoria étnica alemã, que podia traduzir os escritos de Lutero. Enquanto oLuteranismo ganhou uma posição entre a população de língua alemã, o Calvinismo se tornou amplamente popular entre a etnia húngara.[43]Provavelmente, os protestantes chegaram a ser maioria na Hungria até o final do século XVI, mas os esforços da Contra-Reforma no século XVII levaram uma maioria do reino de volta ao catolicismo.[44]
Fortemente perseguida, a Reforma praticamente não penetrou em Portugal e Espanha. Ainda assim, uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu em 1557 numa das ilhas da Baía de Guanabara, localizada no Brasil, então colônia de Portugal. Ainda que tenha durado pouco tempo, deixou como herança a Confissão de Fé da Guanabara.[45] Na Espanha, as idéias reformadas influíram em dois monges católicos: Casiodoro de Reina, que fez a primeira tradução da Bíblia para o idioma espanhol, e Cipriano de Valera, que fez sua revisão,[46] originando a conhecida como Biblia Reina-Valera.[47]
[editar]Conseqüências
[editar]Contra-reforma
Ver artigo principal: Contra-Reforma


Massacre de São Bartolomeu.
Imediatamente após o início da Reforma Protestante, a Igreja Católica Romana decidiu tomar medidas para frear o avanço da Reforma. Realizou-se, então, o Concílio de Trento (1545-1563),[48]que resultou no início da Contra-Reforma ou Reforma Católica,[49] na qual os Jesuítas tiveram um papel importante.[50] A Inquisição e a censura exercida pela Igreja Católica foram igualmente determinantes para evitar que as idéias reformadoras encontrassem divulgação em Portugal, Espanhaou Itália, países católicos.[51]
O biógrafo de João Calvino, o francês Bernard Cottret, escreveu: "Com o Concílio de Trento (1545-1563)… trata-se da racionalização e reforma da vida do clero. A Reforma Protestante é para ser entendida num sentido mais extenso: ela denomina a exortação ao regresso aos valores cristãos de cada "indivíduo"". Segundo Bernard Cottret, "A reforma cristã, em toda a sua diversidade, aparece centrada na teologia da salvação. A salvação, no Cristianismo, é forçosamente algo de individual, diz mais respeito ao indivíduo do que à comunidade",[52] diferente da pregação católica que defende a salvação na igreja.[53]
O principal acontecimento da contra-reforma foi a Massacre da noite de São Bartolomeu. As matanças, organizadas pela casa real francesa, começaram em 24 de Agosto de 1572 e duraram vários meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidades francesas, vitimando entre 70.000 e 100.000 protestantes franceses (chamados huguenotes).[54]
[editar]Protestantismo
Ver artigo principal: Protestantismo
Um dos pontos de destaque da reforma é o fato de ela ter possibilitado um maior acesso à Bíblia, graças às traduções feitas por vários reformadores (entre eles o próprio Lutero) a partir do latim para as línguas nacionais.[55] Tal liberdade fez com que fossem criados diversos grupos independentes, conhecidos como denominações. Nas primeiras décadas após a Reforma Protestante, surgiram diversos grupos, destacando o Luteranismo e as Igrejas Reformadas ou calvinistas (Presbiterianismo e Congregacionalismo). Nos séculos seguintes, surgiram outras denominações reformadas, com destaque para os Batistas e os Metodistas.